Agronegócio

Cerrado atinge 1 mi de sacas de café para exterior

Cerrado atinge 1 mi de sacas de café para exterior
Selo de origem atesta qualidade dos cafés negociados pela região do Cerrado Mineiro | Crédito: Expocaccer/Divulgação

Com o embarque de 320 sacas de café da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado – Expocaccer – para o Japão, realizado no fim de julho, a região do Cerrado Mineiro (RCM) atingiu a marca de 1 milhão de sacas comercializadas com o selo de Denominação de Origem e Qualidade. O envio foi realizado na sede da cooperativa, em Patrocínio, e acompanhado por representantes da instituição e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

Desde 2013, o Selo de Origem e Qualidade atesta que o lote comercializado possui a certificação de Origem e Qualidade Região do Cerrado Mineiro, conforme os requisitos estabelecidos no processo de produção. O selo está à disposição de todos os produtores que fazem parte da RCM e que seguem o processo de produção da Denominação de Origem.

Para atestar tudo isso, existe um sistema de rastreabilidade da região. Além de confirmar a Origem e Qualidade, ao fazer a leitura do QR Code, é possível conhecer a história do produtor de café, geolocalização da propriedade, número de sacas do lote certificado, qualidade do lote, principais características da bebida, bem como outras informações do processo de produção.

Para o presidente da Expocaccer e produtor do café embarcado para o Japão, Gláucio de Castro, o marco de 1 milhão de sacas comercializadas representa o reconhecimento do mercado internacional no selo de Origem e Qualidade da região. “Isso atesta que o mercado está reconhecendo que realmente a nossa região é diferenciada por produzir cafés de qualidade e com rastreabilidade”, destaca.

Ainda segundo Gláucio de Castro, a cooperativa, criada em 1993, tem atualmente capacidade estática para armazenamento de 1 milhão de sacas. Com estrutura e maquinários de última geração, são movimentados, entre recebimento e embarque, mais de 30 mil sacas diariamente.

O superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, celebrou a conquista, que vem consolidar todo o trabalho realizado ao longo dos anos, e destacou que o café produzido no Cerrado Mineiro é pioneiro em trabalhar com uma certificação no mercado internacional.

“A marca de 1 milhão de sacas comercializadas com o selo de Denominação de Origem e Qualidade é contabilizada desde 2011, o que representa, em média, 100 mil sacas de café por ano com o selo. O Café da Região do Cerrado Mineiro está presente em todos os continentes. São mais de 30 países e mais de 70 compradores de cafés especiais com o selo de Origem e Qualidade no mundo todo. No Brasil, isso é um marco inédito e significa que o café está chegando ao seu destino final com a marca e origem preservados. Nós certificamos apenas cafés especiais que possuem no mínimo 80 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100, conforme a Associação de Cafés Especiais”, ressalta.

O café da região do Cerrado Mineiro, explica Juliano Tarabal, tem como fornecedores as cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, que fazem parte da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, e também os exportadores e armazéns credenciados à entidade.

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