Cisne-negro, ganso e pavão de Mateus Leme são o foco da gripe aviária em Minas Gerais

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Prefeitura de Mateus Leme, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, confirmaram, nesta terça-feira (27), três casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na cidade. A chamada gripe aviária foi detectada em aves ornamentais (um cisne-negro, um pavão e um ganso) de uma propriedade particular.

A confirmação ocorre no mesmo dia em que o governo de Minas Gerais decretou Situação de Emergência Sanitária Animal como medida preventiva para conter o avanço da doença no Estado. O prefeito de Mateus Leme, Renilton Andrade (Republicanos), informou, por meio de vídeo publicado nas redes sociais, que os casos foram detectados após a morte de três aves no dia 16 de maio.

“Todas as medidas sanitárias já estão sendo tomadas. Quero tranquilizar a população que não existe risco comunitário. Novas informações serão passadas em breve”, afirmou o prefeito.

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Governo federal monitora avanço da gripe aviária no País

Segundo a plataforma oficial do Mapa, os animais infectados são um ganso (Anser anser), um pavão-comum (Pavo cristatus) e um cisne-negro (Cygnus atratus). Os exames laboratoriais confirmaram a presença do vírus H5N1, variante mais agressiva da gripe aviária.

Com os novos registros, o Ministério da Agricultura contabiliza, até o momento, 165 casos confirmados em aves silvestres, três em aves de subsistência e um caso em ave de criação comercial em todo o Brasil.

Segundo as autoridades, apesar da gravidade da doença no setor avícola, não há risco para a saúde pública, desde que os alimentos de origem animal sejam devidamente cozidos. A transmissão para humanos é rara e, geralmente, ocorre apenas em casos de contato direto com aves infectadas em ambientes com alta carga viral.

As autoridades reforçam que a gripe aviária não compromete, até o momento, a produção comercial de aves em Minas Gerais. Entretanto, o alerta serve para reforçar a importância da vigilância sanitária, especialmente nas regiões com maior densidade de criatórios e granjas comerciais.