Agronegócio

CNA quer Plano Safra 18,5% maior

CNA quer Plano Safra 18,5% maior
Foto: Reuters/Agustin Marcarian

São Paulo e Brasília – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ontem (27) ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, propostas para o Plano Safra 2023/24 que incluem avaliação de que o volume de financiamentos precisa subir 18,5% na comparação com o orçamento do ciclo passado, para R$ 403,88 bilhões. Do total reivindicado, R$ 290,7 bilhões em financiamentos são necessários para custeio/comercialização e R$ 113,09 bilhões para investimentos.

O Plano Safra 2022/23 ofertou um recorde de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para produtores brasileiros, alta de 36% ante a temporada anterior.

Segundo documento entregue ao ministro pelo presidente da CNA, João Martins, o setor precisa que recursos anunciados no plano estejam disponíveis ao longo de toda a safra, sem interrupções, como aconteceu na temporada anterior.

A entidade quer ainda que o Tesouro oferte R$ 25 bilhões ao orçamento para subvenção às Operações de Crédito Rural do Plano Agrícola e Pecuário 2023/2024, sob a forma de equalização de taxas dos financiamentos, para garantir juros mais baixos à atividade.

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A confederação quer garantir orçamento de R$ 2 bilhões para a subvenção ao prêmio de seguro rural em 2023 e R$ 3 bilhões para 2024. Além disso, pede aumento do limite de Renda Bruta Agropecuária para enquadramento dos produtores nos programas de crédito rural (Pronaf, Pronamp e Demais), que ofertam juros mais baixos que o mercado.

Sustentabilidade – O Plano Safra 2023/24 deverá ter maior foco em sustentabilidade ambiental, disse ontem o ministro Fávaro, que defendeu também a ampliação de recursos destinados aos produtores agrícolas.

Segundo ele, o próximo Plano Safra, que será lançado “ainda no primeiro semestre”, vai premiar produtores com boas práticas sociais e ambientais, o que segundo ele engloba a “imensa maioria” dos agricultores. Já aqueles que cometem ilegalidades ambientais não terão acesso a recursos. O maior foco em sustentabilidade ambiental não significa levar mais obrigações aos produtores, acrescentou.

Fávaro disse ainda que vai brigar por mais recursos aos produtores e por equalização de taxas de juros mais competitivas.

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