Agronegócio

Colheita de grãos em MG será 10,1% menor em 2023/24

Dados da Conab mostram que as interferências climáticas impactaram na produção em Minas Gerais
Colheita de grãos em MG será 10,1% menor em 2023/24
Produção de milho em Minas Gerais | Foto: Divulgação/Emater-MG

As intempéries climáticas, como chuvas irregulares e as altas temperaturas, interferiram de forma negativa na safra 2023/24 de grãos em Minas Gerais. Conforme o 6º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Estado, a colheita dos grãos será de 16,8 milhões de toneladas, representando, assim, uma queda de 10,1% frente à temporada anterior. Entre os itens mais mais cultivados, é esperada retração no volume total de milho, 16%, e também da soja, 8,4%.

Os dados da Conab mostram que as interferências climáticas impactaram na produtividade média registrada em Minas Gerais. Portanto, a estimativa prevê uma retração de 9,5% no rendimento por hectare, com a colheita de 3,8 toneladas de grãos. Quanto à área plantada, também houve redução. A queda é de 0,7%, com o uso de 4,3 milhões de hectares.

Conforme os dados do 6º Levantamento da Conab, os dois grãos mais produzidos em Minas Gerais – a soja e o milho – terão queda. No caso da soja, a retração esperada é de 8,4%, chegando a 7,6 milhões de toneladas. Na oleaginosa, houve queda de 10,4% na produtividade, estimada em 3,4 toneladas por hectare. A área plantada, 2,2 milhões de hectares, ficou 2,2% superior.

De acordo com o gerente substituto de Acompanhamento de Safras da Conab, Marco Antônio Chaves, a queda é resultado das condições climáticas. “No caso da soja, a produtividade foi fortemente impactada pelas baixas e irregulares precipitações e pelas altas temperaturas, que foram bem recorrentes nesta safra”.

Milho

Assim como na soja, a produção mineira de milho também será menor. Até o momento, a previsão aponta para um recuo de 16% no volume total do cereal na safra 2023/24, somando 6,66 milhões de toneladas. A produtividade média, 5,7 toneladas por hectare, está 7% menor. A área produtiva caiu 9,7% e está estimada em 1,16 milhão de hectares.

Na primeira safra do cereal, cuja colheita está bem avançada, a previsão é colher 3,7 milhões de toneladas do grão, 27,3% menor em Minas Gerais. Nesta temporada, a produtividade retraiu 13,7%, resultado, então, em um rendimento de 5,6 toneladas por hectare. A área, 659 mil hectares, ficou 15,7% inferior.

“No milho primeira safra, a queda se deve à redução de área e às adversidades climáticas ocorridas que comprometem as lavouras. Em Minas, as intempéries climáticas, altas temperaturas e precipitações irregulares impactaram na safra, mas o Estado segue como segundo maior produtor”.

Para a segunda safra de milho, que está em fase de plantio, a tendência é colher 2,9 milhões de toneladas, 4,7% a mais. A produtividade estimada é de 5,7 toneladas por hectares, superando, assim, em 5,2% o volume registrado em igual período do ano passado. A área tende a ficar estável, em 505 mil hectares.

Feijão 1ª safra deve recuar 4,9%

Para o feijão, a previsão também é de um volume menor na primeira safra. Conforme a Conab, a produção do grãos em Minas Gerais tende a cair 4,9% e encerrar o período em 209 mil toneladas. A queda virá, a princípio, da menor produtividade. O rendimento por hectare, 1,4 toneladas, está 2,7% inferior. A área, 143,5 mil hectares, ficou 2,2% menor.

Na segunda safra de feijão, a área tende a cair 0,7%, chegando, assim, a 114,1 mil hectares. No caso da produtividade, o rendimento, 1,3 tonelada por hectare, deve cair 8,5%. Assim, com a queda na área e na produtividade, a segunda safra de feijão tende a recuar 9,2% e chegar a 157,3 mil toneladas.

Algodão em alta

Ao contrário dos demais grãos produzidos em Minas Gerais, para o algodão, a tendência é de aumento na produção. A estimativa da Conab prevê uma safra de 142,8 mil toneladas, 14,6% superior. A tendência é que a produtividade fique 11,5% menor, gerando, assim, 4,2 toneladas de algodão por hectare. A área plantada, 29,5 mil hectares, subiu 29,5%.

“As condições climáticas estão favoráveis, com boas precipitações intercaladas com períodos de sol e boas temperaturas. Isso desenha uma grande safra”, disse o gerente substituto de Acompanhamento de Safras da Conab, Marco Antônio Chaves.

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