Com alta de 300% nas exportações, Suinco investe na ampliação da capacidade produtiva

A cooperativa Suinco, com atuação nas regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, iniciou o ano de 2025 com um crescimento de 300% nas exportações de carne suína, totalizando 250 toneladas embarcadas. Segundo o diretor comercial e industrial da entidade, Weber Vaz de Melo, a alta registrada em janeiro é resultado do aumento das vendas para Filipinas e Singapura, principalmente.
“Já exportamos há algum tempo, embora direcionados a mercados com menor remuneração. No entanto, no segundo semestre do ano passado, as exportações para Singapura e Filipinas, que são dois países que pagam melhor, aumentaram significativamente”, informa Melo. Desde que iniciou suas operações de exportação em 2015, a Suinco tem expandido sua lista de destinos, que inclui países como Argentina, Uruguai, Hong Kong e Cuba.
Após o resultado de janeiro, o diretor projeta novas altas nos embarques. “O volume de março já é maior do que o de fevereiro”, aponta.
Para atender novos mercados, a Suinco – sediada em Patos de Minas – está investindo na ampliação da capacidade produtiva. “A gente tem vivido do pequeno varejo e o mercado brasileiro continua sendo o nosso foco principal. Mas, ao mesmo tempo, estamos focados em melhorar nossa capacidade de produção e expandir nossas exportações para novos mercados. Além disso, estamos investindo em inovação e qualidade”, pontua Weber de Melo.
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Com uma produção atual de 5,2 mil toneladas, a cooperativa pretende chegar a 10 mil toneladas/mês. “Ou seja, das 2.200 cabeças/dia, devemos chegar a 3.750 cabeças dia em breve”, projeta.

A expansão da produção depende da validação, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, de um túnel de congelamento contínuo. “Estamos apenas aguardando isso, pois sem frio não consigo aumentar a produção. Para aumentar, preciso de mais geração de frio. Esse túnel está 100% habilitado e nós estamos com condições para fornecer carne suína para qualquer país do mundo”, afirma Melo, lembrando que a cooperativa investiu R$ 120 milhões nos últimos sete anos.
“Com essa aprovação que estamos esperando, podemos aumentar em 1000% as exportações. Isso abrirá portas para novos mercados, como China, Rússia e Ucrânia, que oferecem oportunidades ainda maiores”, adianta.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), estima-se que o Brasil tenha alcançado em 2024 a marca de 5,35 milhões de toneladas em volume de produção, alta de 3,8% sobre 2023. O consumo anual per capita de carnes suínas no País foi de 19 quilos.
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