Agronegócio

Com vacinação da febre aftosa, Minas busca reconhecimento mundial

Enquanto quase 90% do gado já recebeu o imunizante, ruralistas têm até o dia 30 de dezembro para regularizar aplicações
Com vacinação da febre aftosa, Minas busca reconhecimento mundial
Crédito: Arquivo/Agência Brasil

Restam dez dias para o fim da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Minas Gerais. O Estado, atualmente, já vacinou 22,2 milhões de cabeças, o que corresponde a 88,6% do índice de cobertura vacinal. Com o fim do ciclo em todo o território mineiro, o próximo passo será buscar o reconhecimento internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) de área livre da doença sem vacinação.

Os dados foram apurados e divulgados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Tales Fernandes, disse que Minas encerrará o ano totalmente livre da doença, atingindo o patamar máximo de qualidade do gado.

“O Estado de Minas Gerais está prestes a encerrar um ciclo virtuoso. Um ciclo que estamos trabalhando aqui há mais de 60 anos para conseguir o status de área livre de febre aftosa sem vacinação”.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Segundo o representante da pasta, a cobertura vacinal em reta final é um grande ganho para o fortalecimento do serviço veterinário oficial do Estado. “Esse fato agrega valor a toda a cadeia da proteína animal, seja ela bovina, suína, aves, ovos e pescados. Isso abre novos mercados, valoriza a nossa carne e, sem dúvida, gera uma economia muito importante para o pecuarista mineiro e para o Brasil”.

Imunizante precisa chegar aos locais em falta

Para o diretor técnico do IMA, Guilherme Negro Dias, a meta é que 95% da cobertura, ou seja, 25 milhões de bovinos e bubalinos, seja alcançada. Essa meta entra para o prazo de vacinação que foi prorrogado para o dia 30 de dezembro. Dentro deste período, os produtores rurais devem regularizar as aplicações do imunizante, seguindo os protocolos correspondentes.

“A prorrogação foi aceita pelo Mapa e, dessa forma, esperamos que o imunizante chegue às regiões que estão em falta para que todos consigam realizar esta importante etapa”, explicou Dias.

Selo internacional pode qualificar gado e facilitar exportações

Ainda segundo Tales Fernandes, com o término do ciclo de vacinação em todo o território mineiro, o próximo passo é buscar o reconhecimento internacional.

Vamos agora, terminando esse ciclo, encaminhar a proposta para a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), onde temos um prazo de até dois anos para ter esse reconhecimento mundial. E aí sim podemos desfrutar realmente de todo esse trabalho que fizemos e principalmente prezar aqui o apoio do Governo de Minas”, prevê.

Para esta etapa, o secretário afirma que um investimento de R$ 52 milhões disponibilizados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária possibilitou que o Estado Minas Gerais encerrasse esse período de campanha.

“O investimento também permitiu que, agora, principalmente, um trabalho de vistoria com vigilância passiva e vigilância ativa, muito importantes, começasse. Isso ocorre uma vez que não teremos mais vacinação no Estado e precisamos, cada vez mais, do apoio dos produtores rurais nesse sentido para combater a doença”.

Após a aplicação das vacinas, os produtores devem preencher uma declaração que comprove a realização das aplicações até o dia 30 deste mês. Para preenchimento, é necessário acessar um formulário disponibilizado no site do Instituto Mineiro de Agropecuária.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas