Conab estima safra de grãos de 18,3 milhões de toneladas em Minas Gerais

A safra de grãos em Minas Gerais, que já caminha para o fim, deve totalizar 18,3 milhões de toneladas na temporada 2024/25, representando, assim, uma alta de 13,9% frente à safra anterior. No Estado, os principais grãos cultivados são a soja e o milho, que cresceram 17,4% e 6,7%, respectivamente. Conforme o 11º levantamento da Safra de Grãos, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crescimento foi favorecido, principalmente, pelo clima mais adequado ao desenvolvimento dos grãos.
Assim como em Minas, a produção brasileira também ficará maior. Ao todo, a colheita tende a somar 345,2 milhões de toneladas, 16% de crescimento. A soja também é o destaque em nível nacional.
De acordo com o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, além do aumento do plantio, a safra 2024/25 também foi favorecida pelas condições climáticas mais favoráveis, o que foi essencial para a recuperação da produtividade frente à temporada passada.
“A safra 2024/25 apresenta números auspiciosos. Parte do resultado positivo é em função do maior plantio, mas a alta veio, principalmente, da recuperação de produtividade que na última safra foi impactada pelo clima”.
Em Minas Gerais, a produtividade das culturas chegou a uma média de 4,2 toneladas por hectares, 12,7% a mais. A área de cultivo da safra de grãos cresceu 1,1% e totalizou 4,3 milhões de hectares.
Principais grãos
Entre os principais grãos cultivados no Estado, a maior produção e também crescimento de volume ocorreu na soja. Os dados da Conab mostram que Minas Gerais colheu 9,14 milhões de toneladas da oleaginosa, aumento de 17,4%. A produtividade das lavouras chegou a 3,9 toneladas por hectares, representando, assim, alta de 13,5%. A área cultivada, 2,3 milhões de hectares, cresceu 3,4%.
No momento, os produtores mineiros já se preparam para o cultivo da safra 2025/26 de soja, assim, está em vigor o vazio sanitário da soja. O objetivo é controlar a incidência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática.
Outro destaque é a produção total de milho. A safra 2024/25, será de 6,53 milhões de toneladas. Desta forma, haverá incremento de 6,7% no volume total. A maior produção se deve à recuperação da produtividade, que mostra avanço de 12,6%. Já a área caiu 5,2%, somando 1,08 milhão de hectares.
A primeira safra de milho ficou menor. Ao todo, Minas Gerais colheu 3,8 milhões de toneladas na temporada, retração de 1,3%. A área caiu 9,5%, enquanto a produtividade cresceu 9%.
Na segunda safra, a colheita do milho chegou a 2,6 milhões de toneladas, representando, assim, uma alta de 20,8% e contribuindo para o crescimento da safra total de milho em Minas Gerais. Houve recuperação da produtividade frente a igual ciclo do ano passado, com o rendimento médio alcançando 5,7 toneladas por hectare, 19,4% a mais. A área cresceu 1,2% e chegou a 464 mil hectares.
“A primeira safra e a segunda safra de milho apresentaram produtividades excelentes”, aponta o gerente da Conab.
Feijão
Já a produção mineira de feijão, conforme o 11º Levantamento da Safra de Grãos, chegará a um total de 458,4 mil toneladas, representando, assim, uma queda de 11,4% frente ao ano anterior.
Na primeira safra, a colheita somou 205,2 mil toneladas do grão, recuo de apenas 0,6%. A área de cultivo ficou 9,3% menor, enquanto a produtividade cresceu 9,6%.
A segunda safra de feijão registrou queda de 3,7% no volume, somando, assim, 146,6 mil toneladas. Conforme a Conab, a cultura já se encontra com sua colheita praticamente encerrada no Estado, restando apenas lavouras pontuais ainda no campo. Nesta safra houve uma retração na área cultivada – queda de 12,5% – devido à escassez de chuvas no período ideal de plantio, aos baixos preços do produto no mercado e às dificuldades de controle da mosca-branca.
O terceiro ciclo, que é irrigado, tende a retrair 32,7%, somando 106,6 mil toneladas. As primeiras lavouras já se encontram em fase de colheita, cerca de 20% da área total cultivada. No Noroeste do Estado, principal região produtora, a elevada incidência de mosca-branca prejudicou muito as lavouras. Houve redução na área cultivada de 10%, devido aos preços menos atrativos deste ciclo.
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