Coopercitrus busca valorizar mulheres no agronegócio

Com a participação cada vez maior das mulheres no agronegócio, a Coopercitrus vai lançar, no dia 26 de julho, o projeto “Mulheres do Campo – O Agro é Delas”. O objetivo é capacitar, fortalecer e promover a integração entre as mulheres no campo. O projeto será implementado nos cinco polos regionais da entidade e contará com diversas ações, como palestras, lives e reuniões periódicas.
A diretora financeira da Coopercitrus e embaixadora do projeto “Mulheres do Campo – O Agro é Delas”, Simonia Sabadin, explica que o principal objetivo da iniciativa é capacitar, reconhecer e promover a integração entre mulheres do campo, sejam elas cooperadas, colaboradoras ou produtoras rurais em geral.
“Não queremos alcançar privilégios por meio do projeto, queremos equidade, a promoção de um tratamento justo entre homens e mulheres, sem distinção por gênero. Nosso intuito é manter o projeto permanentemente na Coopercitrus”, disse.
Ainda segundo Simonia, com o objetivo de atender todas as cooperadas, após o lançamento do projeto, serão criados núcleos nos cinco polos regionais de atendimento da Coopercitrus. Os polos são em Bebedouro e Araçatuba, Aguaí e Marília, Altinópolis e Alfenas, Araxá e Uberaba e Itumbiara e Cristalina.
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“Estes núcleos contarão com reuniões periódicas, lives mensais com palestras e depoimentos de mulheres da Coopercitrus ou clientes, grupos por aplicativo de mensagens para trocas interpessoais, além de workshops de capacitação com temas relevantes, conteúdo amplo e edificante para as mulheres do Agro”.
O lançamento do projeto será durante a Coopercitrus Expo 2022 e contará com uma programação especial voltada para promover o relacionamento, a capacitação e fortalecimento de vínculos entre cooperadas e líderes femininas do agro.
Influência feminina no Agro
Será ministrada uma palestra por Vanessa Saboni, engenheira agrônoma pioneira na valorização e integração de mulheres. O evento vai abordar a influência feminina na transformação do agro. Em seguida, será feito um debate entre as cooperadas sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no campo.
“Queremos que este lançamento mostre às mulheres do campo que o agro é, sim, um ambiente delas e para elas. Queremos apresentar nossa influência do campo e entender nossos desafios para darmos um passo à frente”, disse Simonia.
O lançamento do projeto vem em um momento de crescimento do setor agropecuário e também da maior participação e valorização do trabalho das mulheres nos negócios.
“O projeto representa que estamos juntas neste momento de mudanças no agronegócio. Que somos aptas e preparadas para o trabalho rural, para gerência de propriedades, de manejar as mais diversas culturas, de dirigir empresas agrícolas. Que juntas podemos buscar a equidade”.
Segundo Vanessa Saboni, as mulheres do agro sempre estiveram presentes e atuantes no mercado, mas nunca foram tão vistas, enaltecidas e valorizadas como nos últimos cinco anos.
“Essa valorização acontece por questões culturais, pela ascensão das mulheres, visibilidade, pelo empoderamento feninino e também porque a mulher tem características e fortalezas que as colocam em posições de destaque na gestão e liderança feminina do agro. As mulheres têm um perfil de gestão que é ancestral, são comunicativas, compartilham informações, criam grupos e redes que fortalecem ideias”.
Ainda de acordo com Vanessa, outras características como o maior perfeccionismo e a organização favorecem o perfil para que as mulheres trabalhem com gestão. As mulheres também conseguem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, são multitarefas. São mães, contribuem para a sucessão familiar dos negócios no campo.
“Além disso, têm sensibilidade mais aflorada, tornando-as mais aptas a fazer a gestão de pessoas, sendo mais humanizadas. Não é à toa que são mais de 1 milhão de mulheres gerenciando mais de 30 milhões de hectares em todo o Brasil. São muitas as habilidades”, disse.
Para ela, a criação do projeto mostra para o mercado a importância da integração das mulheres da cooperativa para formar lideranças, fortalecer ideias e preparar as mulheres para que elas fiquem por dentro das novidades do campo, compartilhem conhecimentos e atuem na gestão das suas fazendas.
“O núcleo representa a importância da integração das mulheres no agro, para capacitar, valorizar e deixar as mulheres cada vez mais aptas a contribuírem com o agronegócio. O grande objetivo é integrar homens e mulheres para levar sustentabilidade ao campo. É o momento de fazer a transformação no agronegócio”, disse Vanessa.
DC Responde: Quantas mulheres trabalham no Agro?
A participação feminina como protagonista em empresas e propriedades rurais tem crescido continuamente no Brasil e atingiu, em 2019, a taxa de 54,5%. Dados do Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que 19% dos estabelecimentos rurais brasileiros são geridos por mulheres, o que equivale a cerca de 1 milhão de negócios. Essas produtoras, quando questionadas sobre sua atuação no campo, indicaram, na maioria, serem proprietárias (59,2%) e sentirem-se preparadas para o trabalho rural (55,5%). As mulheres gerenciam mais de 30 milhões de hectares em todo o Brasil.
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