Agronegócio

Cooxupé conquista melhor desempenho da história em 2024

Balanço do ano passado foi apresentado pela cooperativa que registrou maior faturamento da história
Cooxupé conquista melhor desempenho da história em 2024
Foto: Reprodução Adobe Stock

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) registrou, em 2024, um faturamento de R$ 10,7 bilhões, montante 67% superior ao conquistado em 2023. Com isso, os resultados da cooperativa chegaram a R$ 394,4 milhões, com a distribuição de R$ 134,4 milhões para os cooperados, montante referente às sobras. Este é considerado o maior desempenho da história da Cooxupé e foi divulgado nesta sexta (28), após a Assembleia Geral Ordinária.

De acordo com o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, os preços do café, configurando patamares raramente vistos, tiveram grande influência nos resultados alcançados em 2024. Por outro lado, é válido lembrar o quanto os efeitos climáticos têm desafiado os produtores, impactando diretamente a produtividade dos cafezais e o rendimento do café.

“Contudo, nossos cooperados têm sido resilientes, buscando alternativas para suas lavouras e honrando seus compromissos com a cooperativa. Junto de nossas famílias cooperadas comemoramos este desempenho de números recordes, especialmente a distribuição das sobras da Cooxupé que retornam para nossos produtores, mas olhando sempre os desafios futuros em busca de soluções para mantermos a sustentabilidade dos nossos negócios”, destaca.

Melo apontou que o clima e a logística foram os principais desafios do ano anterior. “Foi desafiador administrar a questão portuária e, mais especificamente, que esse café chegasse até o destino. Mas, ainda assim, os números, o faturamento e os resultados de distribuição foram bastante satisfatórios. Nós não vimos ainda números como estes que o ano de 2024 nos proporcionou”, comemora.

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Segundo o vice-presidente da Cooxupé, Osvaldo Bachião Filho, expectativa para 2025 é positiva, mesmo que exista uma preocupação grande, na mesma linha do que aconteceu em 2024, com relação ao clima, que não tem sido dos melhores para a cafeicultura.

“Existem também questões logísticas que não andaram desde 2024 e ainda geram uma preocupação muito grande. Outro ponto de atenção são os custos financeiros que o País está nos imputando. Mas, de uma maneira geral, o mercado reagiu, o nosso produtor entendeu a mensagem e participou durante o ano desse mercado em alta, fator que o ajudou a ficar mais capitalizado”, avalia.

No ano anterior, a Cooxupé embarcou para os mercados interno e externo 6,6 milhões de sacas, um crescimento de 46% ante 2023. Desse montante, 5,1 milhões de sacas foram destinadas às exportações, um aumento de 41% em relação a 2023 e 1,5 milhões de sacas ficaram no mercado brasileiro e com clientes exportadores.

As exportações representam 80% das atividades da cooperativa, que atualmente envia o café para mais de 50 países, dentre eles Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, China, Argentina, Canadá, Japão, Suécia, entre outros.

Em relação ao recebimento de café, no ano passado, a Cooxupé recebeu 6,1 milhões de sacas, das quais 4,9 milhões vieram dos cooperados e 1,2 milhão de terceiros.

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