Desembolsos do crédito rural para Minas Gerais crescem 10%

Os desembolsos do crédito rural para Minas Gerais já somam R$ 14,05 bilhões nos primeiros cinco meses da safra 2020/21, valor que está 10% superior aos R$ 12,72 bilhões registrados em igual período do ano-safra anterior.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a linha de custeio tem apresentado a maior demanda, com um valor já desembolsado de R$ 7,7 bilhões, aumento de 7%.
O valor total liberado para Minas Gerais representa 13% do desembolso nacional, que já está em R$ 108,2 bilhões e apresenta aumento de 18%. Entre julho e novembro de 2020, foram aprovados 109.449 contratos para Minas Gerais, volume 3% maior que o registrado no mesmo período da safra passada.
Para a agricultura mineira, foram desembolsados R$ 9,54 bilhões nos primeiros cinco meses da safra, aumento de 9% frente aos R$ 8,77 bilhões registrados entre julho e novembro de 2019. O número de contratos aprovados somou 45.642, ficando 1% menor que o registrado anteriormente.
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Para a pecuária, os desembolsos já somam R$ 4,51 bilhões e estão 14% maiores. A aprovação de contratos cresceu 7%, somando 63.807 liberações.
Dentre as linhas, a maior demanda é proveniente de custeio. Os desembolsos para o Estado já somam R$ 7,7 bilhões e estão 7% maiores que os R$ 7,21 bilhões registrados em igual período do ano-safra anterior. Ao todo, foram aprovados 43.602 contratos, queda de 4%.
No caso da agricultura, foi verificada elevação de 1% na demanda pelos recursos da linha de custeio, aumentando os desembolsos para R$ 5,34 bilhões. A aprovação de pedidos chegou a 25.416 contratos, 10% menor.
Somente em novembro, a cultura que demandou maior volume de crédito foi o café, com um total de R$ 517,12 milhões. Já para a cultura do milho, o valor chegou a R$ 106,5 milhões, seguido pela soja, com R$ 71,95 milhões, alho, R$ 40,50 milhões, e cana-de-açúcar, R$ 35,14 milhões.
Na pecuária, foi registrado aumento de 23% na busca pelos recursos da linha de custeio. Nos primeiros cinco meses da safra 2020/21, o setor foi responsável pela tomada de R$ 2,36 bilhões em recursos para custeio da produção. Foram aprovados 18.186 contratos, volume 7% maior.
Em novembro, a maior demanda veio da produção de bovinos, cujos desembolsos somaram R$ 470,5 milhões. Para a produção de suínos, foram liberados R$ 29,4 milhões. A avicultura ficou com R$ 9,98 milhões.
Investimento – Resultado positivo também foi verificado na linha de investimento. Ao todo, já foram desembolsados para o Estado R$ 3,78 bilhões, alta de 40% frente aos R$ 2,71 bilhões registrados anteriormente.
Do total, R$ 2,03 bilhões foram para investimentos na agricultura, valor 59% maior. Foram aprovados 19.485 contratos, crescimento de 18%.
A pecuária demandou R$ 1,75 bilhão da linha de investimento, demanda que ficou 23% maior que os R$ 1,43 bilhão liberados nos primeiros cinco meses da safra 2019/20. A aprovação de contratos cresceu 7% e encerrou em 64.912 unidades.
Comercialização – Em Minas Gerais, ao longo dos primeiros cinco meses da safra 2020/21, a demanda pelos recursos da linha de comercialização apresentou queda de 11% frente ao mesmo período da safra passada. De julho a novembro, os desembolsos somaram R$ 2,11 bilhões.
Para a agricultura, as liberações ficaram 1% menores e alcançaram R$ 1,84 bilhão. Foram aprovados 690 contratos, variação negativa de 40%. Na pecuária, a demanda pelos recursos da linha de comercialização recuou 47% e encerrou o período em R$ 260 milhões. A retração na liberação de contratos foi de 46%, somando 155 unidades aprovadas.
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