Agronegócio

Crédito rural: desembolso cai 5% e chega a R$ 44,35 bi em Minas Gerais

Valor representa 15% do volume total liberado no País nos 10 primeiros meses do Plano Safra 2024/25; ao contrário da agricultura, montante para pecuária ficou 1% maior
Crédito rural: desembolso cai 5% e chega a R$ 44,35 bi em Minas Gerais
Considerando somente abril, soja foi a cultura que demandou mais crédito em MG, alcançando R$ 232,17 milhões | Foto: Dusan Kostic Adobe Stock

A demanda pelo crédito rural segue menor na safra 2024/25 em Minas Gerais. O montante desembolsado nos 10 primeiros meses do Plano Safra 2024/25 chegou a R$ 44,35 bilhões, representando, assim, uma queda de 5% em relação a igual período da safra passada. O valor desembolsado para o Estado representou 15% do volume total do crédito rural liberado para o Brasil, que somou R$ 301,64 bilhões. Em âmbito nacional, os desembolsos retraíram 31%.

Conforme os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), nos primeiros 10 meses da safra, foram 205.936 contratos do crédito rural aprovados, volume que recuou 12%.

Do total de recursos destinados ao Estado – R$ 44,35 bilhões –  a maior parte, R$ 29,71 bilhões, foram destinados para a agricultura. A demanda do setor sofreu uma retração de 8% se comparado com o mesmo período anterior. Para a pecuária, o crédito liberado soma R$ 14,65 bilhões e, ao contrário da agricultura, ficou 1% maior. 

Apesar da queda, custeio é a linha mais demandada do crédito rural

Entre as linhas do crédito rural, a maior demanda é pela de custeio. Até o 10º mês da safra, as liberações para os produtores mineiros chegaram a R$ 25,41 bilhões em crédito para o custeio da produção agrícola e pecuária. Assim, o valor caiu 5% frente aos desembolsos feitos em igual período anterior. No intervalo, a aprovação de contratos – 93.649 – ficou 12% menor. 

Na linha de custeio, para a agricultura, houve queda de 9% na demanda pelos recursos, reduzindo os desembolsos para R$ 15,13 bilhões. A liberação de contratos caiu 14%, chegando a 48.124 aprovações.

Considerando somente abril, a soja foi a cultura que mais buscou crédito, R$ 232,17 milhões, em seguida veio o café, com as liberações chegando a R$ 222,82 milhões. Destaque também para o alho, com R$ 67,92 milhões; milho, R$ 34,73 milhões, e cana-de-açúcar, com desembolso de R$ 29,39 milhões. 

Ao contrário da agricultura, os recursos da linha de custeio para a pecuária mineira subiram 3% e chegaram ao montante de R$ 10,28 bilhões. A alta aconteceu mesmo com a aprovação de contratos, 45.525, caindo 10%. Conforme os dados, a maior parte do crédito da linha de custeio da pecuária foi para a produção de bovinos, com desembolso de R$ 601 milhões.

Comercialização e investimentos

De acordo com a Seapa, outra linha que está com demanda menor é a de investimentos. Nos primeiros 10 meses da safra, o recurso do crédito rural somou  R$ 10,32 bilhões para Minas Gerais, retração de 6%. A agricultura ficou com a maior parte do crédito para investimentos, R$ 6,66 bilhões, porém, o valor caiu 5% frente ao liberado em igual período da safra passada. Para a pecuária, foram R$ 3,66 bilhões para investimentos, o que representa uma queda de 6%.

Em Minas Gerais, a demanda da linha do crédito rural para a comercialização das produções diminuiu 6%. O setor da agricultura demandou R$ 6,35 bilhões da linha, valor 5% menor. No mesmo período, os recursos voltados para a comercialização dos produtos pecuários chegaram a R$ 110 milhões, queda de 42%.

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