Agronegócio

Crédito rural: desembolsos do Plano Safra caem 12% em Minas Gerais

Montante alcançou marca de R$ 23,15 bilhões de julho a outubro; valor no País ficou 23% menor
Crédito rural: desembolsos do Plano Safra caem 12% em Minas Gerais
Demanda maior continua sendo da agricultura e valor nos quatro primeiros meses da safra 2024/25 foi de R$ 15,92 bilhões no Estado | Crédito: Reprodução AdobeStock

O montante do desembolso do crédito rural no Plano Safra 2024/25 alcançou a marca de R$ 23,15 bilhões para Minas Gerais, no período de julho a outubro de 2024. O valor representa uma queda de 12% em relação a igual período da safra passada. Os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) mostram que Minas Gerais respondeu por 15% de todo o crédito liberado para o Brasil. Em nível nacional, o montante somou R$ 154,6 bilhões, ficando, portanto, 23% menor. 

Dentre as linhas, os financiamentos de custeio tiveram a maior demanda, R$ 14,5 bilhões. Em seguida, vieram as contratações das linhas de investimentos, R$ 4,48 bilhões, e comercialização, com um volume contratado de R$ 3,08 bilhões.

Conforme os dados da Seapa, ao longo do primeiro quadrimestre da safra, o número de contratos de financiamentos do Plano Safra caiu em Minas Gerais. O número saiu de 112.402 nos primeiros quatro meses da safra anterior para atuais 90.005 contratos. O resultado gerou uma retração de 20% frente ao mesmo intervalo da safra passada. 

Do crédito rural total demandado no Estado, a agricultura seguiu liderando os valores. Para a agricultura, em Minas Gerais, foram liberados nos primeiros quatro meses da safra R$ 15,92 bilhões. Assim, houve uma variação negativa de 17% quando comparado com os R$ 19,13 bilhões registrados em igual período da safra anterior. O número de contratos aprovados caiu 18%, somando, então, 47.316 unidades.

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Na pecuária houve queda de 1% na demanda pelos recursos, somando, assim, R$ 7,23 bilhões no acumulado da safra até outubro. A aprovação de contratos chegou a 42.689, portanto, 22% menor.

Valor do crédito rural liberado para custeio soma R$ 14,5 bi em Minas Gerais

Com o objetivo de cobrir as despesas do ciclo produtivo, no primeiro quadrimestre da safra, em Minas Gerais, os desembolsos do crédito rural somaram R$ 14,5 bilhões, variação negativa de 5%. Ao todo, a liberação de contratos somou 49.203 unidades, ficando, assim, 7% menor.

Para o custeio das lavouras, foram liberados R$ 9,19 bilhões, queda de 12% frente aos R$ 10,4 bilhões registrados anteriormente. O número de contratos aprovados caiu 13% e chegou a 27.525.

O maior volume de recursos desembolsados em outubro foi para o custeio da produção de café, com uma demanda de R$ 1,1 bilhão, em seguida veio a soja, R$ 212,27 milhões, e o milho, R$ 148,51 milhões.

O crédito de custeio já liberado para a pecuária somou R$ 5,31 bilhões, superando em 7% os R$ 4,94 bilhões registrados no mesmo período da safra anterior. O número de aprovações, 21.678, ficou 4% superior. Dentre os segmentos da pecuária, a produção de bovinos contratou R$ 857,441 milhões, seguida pela de suínos, com R$ 44,62 milhões, e aves, com R$ 31,99 milhões para o custeio da produção. 

Contratações das linhas de investimento e comercialização também retraem  

Assim como visto em custeio, as contratações do crédito rural nas linhas de investimento e comercialização ficaram menores ao longo dos primeiros quatro meses da safra.

No caso da linha de investimento, conforme a Seapa, foram R$ 4,48 bilhões contratados. O valor representou uma retração de 17% frente aos quatro primeiros meses da safra passada. A demanda proveniente da agricultura, R$ 2,79 bilhões, retraiu 19% e da pecuária, R$ 1,69 bilhão, caiu 13%.

Para auxiliar na comercialização das produções,  os produtores rurais de Minas Gerais contrataram R$ 3,08 bilhões da linha de comercialização, montante que está 23% inferior aos R$ 3,98 bilhões registrados entre julho e outubro da safra 2023/24.

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