Agronegócio

Crédito rural para Minas cresce 10% no primeiro bimestre da safra

Com o resultado, o Estado respondeu por 11% de todo o crédito liberado para o Brasil, que já chegou a 107,1 bilhões e está 16% superior
Crédito rural para Minas cresce 10% no primeiro bimestre da safra
Na agricultura, maior demanda para custeio, considerando-se apenas agosto, veio do café | Crédito: José Gomercindo/SECS

Os produtores rurais de Minas Gerais estão demandando mais crédito do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2023/2024. Nos primeiros dois meses do ano safra, a contratação chegou a R$ 12,25 bilhões, significando, assim, um aumento de 10% se comparado com igual intervalo da safra passada.

Com o resultado, Minas Gerais está respondendo por 11% de todo o crédito liberado para o Brasil, que já chegou a 107,1 bilhões e está 16% superior. 

Conforme os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), dentre as linhas, a de custeio concentra a maior parte dos recursos. Somente nela, a elevação foi de 9%, resultando, então, em um desembolso de R$ 7,88 bilhões.

Ao todo, em Minas Gerais, foram aprovados 47.119 contratos entre julho e agosto, aumento de 4% frente aos 45.355 registrados em igual intervalo de 2022.

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Para a agricultura, em Minas Gerais, foram liberados nos primeiros dois meses da safra R$ 8,5 bilhões do crédito rural, resultando, assim, em uma variação positiva de 6% quando comparado com os R$ 8,03 bilhões registrados em igual período da safra anterior. O número de contratos aprovados subiu 6%, somando 23.916 unidades.

Na pecuária foi observado aumento de 20% na demanda pelo crédito rural, que somou R$ 3,75 bilhões em julho e agosto. A aprovação de contratos chegou a 23.203, 2% a mais.

Crédito para custeio

Dentre as linhas que compõem o crédito rural, o maior volume foi desembolsado para a de custeio. Os produtores rurais utilizam a linha para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos.

Nos primeiros dois meses da safra, foram liberados para o Estado R$ 7,88 bilhões, aumento de 9% se comparado com o valor de R$ 7,25 bilhões liberados em igual período da safra anterior.  A aprovação de contratos cresceu 20%, encerrando, então, o primeiro bimestre da safra em 24.868 unidades aprovadas.

Para o custeio da agricultura, os desembolsos somaram R$ 5,09 bilhões. O valor  cresceu 3%, se comparado com os R$ 4,95 bilhões registrados anteriormente. A todo, os contratos aprovados somaram 14.589 unidades, resultando, então, em uma alta de 26%.

Na agricultura, considerando apenas os desembolsos feitos em agosto, a maior demanda pelos recursos veio do café. Ao todo, foram R$ 1,4 bilhão destinados à cultura. Em seguida, veio a soja, R$ 839,8 milhões, milho, R$ 211,76 milhões, e cana-de-açúcar, R$ 185,05 milhões. 

A pecuária já demandou R$ 2,79 bilhões da linha de custeio, volume 21% maior.  A aprovação de contratos cresceu 12%, encerrando, assim, com a aprovação de 10.279 pedidos. 

Em agosto, o desembolso para o custeio da produção de bovinos chegou a R$ 1,3 bilhão, seguido pela produção de suínos, R$ 142 milhões, e avicultura, R$ 96,1 milhões. 

Comercialização

Assim como na linha de custeio, os produtores rurais de Minas Gerais também demandaram mais recursos para a comercialização da safra. No primeiro bimestre da safra, o crédito liberado foi de R$ 1,72 bilhão, superando, então, em 79% a demanda anterior. A aprovação de contratos somou 873 unidades. 103% a mais.

Para a agricultura, o crédito da linha de comercialização alcançou R$ 1,65 bilhão em desembolsos, variação positiva de 75%. Já para a pecuária, o montante liberado, R$ 7 milhões, ficou 364% maior. 

Investimentos em queda

Já a linha de investimentos apresentou queda na demanda. Nos primeiros dois meses da safra, os desembolsos caíram 28%, com o valor de R$ 1,85 bilhão liberados. O número de contratos aprovados, 21.319, ficou 12% menor.

A agricultura demandou a maior parte do crédito para investimento. Os recursos somaram R$ 1,09 bilhão, resultado, assim, em um valor 39% inferior ao registrado anteriormente. No período, a aprovação de contratos caiu 21%, encerrando em 21.319 unidades aprovadas.

Na pecuária, a busca pelos recursos de investimentos ficou estável, com a liberação de R$ 750 milhões em crédito. A aprovação de contratos caiu 5% e somou 12.880 unidades.

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