Agronegócio

Crédito rural para Minas cresce 13% no primeiro mês da safra

A demanda pelo crédito chegou a R$ 4,55 bilhões em julho, sendo a maior parte dos recursos destinada para custeio
Crédito rural para Minas cresce 13% no primeiro mês da safra
Dentre as culturas agrícolas em MG, a que demandou maior volume de crédito para custeio foi soja | Crédito: Zoyas2222 / Sock.adobe.com

O primeiro mês de contratação de recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2023/2024 foi positivo em Minas Gerais. Com os produtores se preparando para o plantio da nova safra, a demanda pelos recursos do crédito agrícola cresceu 13%  e chegou a R$ 4,55 bilhões em julho.

Dentre as linhas, a de custeio concentra a maior parte dos recursos. Somente nela, o desembolso foi de R$ 3,04 bilhões, queda de 4%. Já em relação ao crescimento, a linha de comercialização se destacou, com uma alta de 1.219% e R$ 710 milhões. 

Neste novo ano safra, o PAP terá um valor recorde de R$ 364,22 bilhões, o que significa, uma expansão de quase 27% maior que o anterior.

De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), ao todo, em Minas Gerais, foram aprovados 13.370 contratos em julho, queda de 23% frente aos 17.369 registrados em igual mês de 2022.

Com o valor de R$ 4,55 bilhões já liberados, Minas Gerais respondeu por 11% do valor total desembolsado para a agricultura e a pecuária do Brasil, recursos que estão na ordem de R$ 40,83 bilhões (8% a mais).

Para a agricultura, em Minas Gerais, foram liberados no primeiro mês da safra R$ 3,25 bilhões, variação positiva de 18% quando comparado com os R$ 2,7 bilhão registrados em igual período da safra anterior. O número de contratos aprovados caiu 13%, somando 6.975 unidades.

Na pecuária foi observado aumento de 2% na demanda pelo crédito rural, que somou R$ 1,30 bilhão em julho. A aprovação de contratos chegou a 6.395, queda de 31%.

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Linhas de crédito

Apesar de iniciar a safra com queda, a linha de custeio ainda concentra o maior volume de recursos acessados pelos produtores rurais. Em Minas, para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos, os produtores, em julho, demandaram R$ 3,04 bilhões, retração de 4% se comparado com o valor de R$ 3,17 bilhões liberados em igual mês da safra anterior.

No mês, a aprovação de contratos cresceu 19% e encerrou o primeiro mês da safra em 8.774 unidades aprovadas.

Para o custeio da agricultura, os desembolsos somaram R$ 1,96 bilhão, com isso, ficaram 9% menores que os R$ 2,14 bilhões registrados anteriormente. Foram aprovados 4.933 contratos, 28% superior.

Dentre as culturas agrícolas do Estado, a que demandou maior volume de crédito para custeio foi a soja, com desembolsos de R$ 887,34 milhões. Em seguida, vieram a demanda da produção de café, que chegou a R$ 716,19 milhões; milho, R$ 132,99 milhões; cana-de-açúcar, R$ 44,95 milhões, e batata-inglesa, com a liberação de R$ 44 milhões.

Ao contrário da agricultura, a demanda da pecuária cresceu frente a julho passado. Os recursos de custeio já aprovados somaram R$ 1,09 bilhão, aumento de 5% quando comparado com o valor de R$ 1,03 bilhão liberados no primeiro mês da safra 2022/23. No período, foram aprovados 3.841 contratos, variação positiva de 10%.

A produção de bovinos apresentou a maior demanda, R$ 949,88 milhões, seguida por suínos, com a liberação de R$ 88,7 milhões, a avicultura, R$ 38,86 milhões, e a piscicultura com R$ 7,29 milhões.

Para a comercialização da safra, os desembolsos para o Estado somaram R$ 710 milhões, aumento de 1.219%. A maior demanda veio da agricultura, com R$ 670 milhões, significando, então, um aumento de 1.306%. Para a pecuária, foram R$ 40 milhões, 556% a mais. 

Investimentos

Já a linha de investimentos encerrou o primeiro mês da safra com queda na demanda. Os desembolsos para a modalidade caíram 36%, com o valor somando R$ 470 milhões liberados. Ao todo, foram aprovados 4.351 contratos, 56% a menor.

A maior parte dos recursos para investimentos foi destinada à agricultura. São R$ 300 milhões desembolsados, valor 40% inferior ao registrado em julho de 2022. No período, a aprovação de contratos caiu 55,7%, encerrando em 1.813.

Na pecuária, a redução dos recursos de investimentos foi na ordem de 26%, com a liberação de R$ 170 milhões em crédito para investimentos. A aprovação de contratos caiu 56,2% somando 2.538 unidades.

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