Agronegócio

Desembolso do crédito rural para MG sobe 27%

De julho de 2022 a maio de 2023, valor chegou a R$ 41,5 bilhões, segundo dados da Secretaria de Agricultura
Desembolso do crédito rural para MG sobe 27%
Maior parte dos recursos foi para agricultura e desembolso alcançou R$ 28,31 bi para setor | Crédito: Paulo Whitaker/Reuters

A busca pelos recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2022/23 continuam em alta em Minas Gerais. De julho de 2022 a maio de 2023, o crédito liberado cresceu 27% e chegou a R$ 41,5 bilhões. Com o valor, Minas Gerais vem respondendo por 13% do valor total liberado para o País, R$ 321,63 bilhões. Dentre as linhas, a maior demanda é pela de custeio. O valor liberado para o Estado já chegou a R$ 25,15 bilhões, superando em 47% o registrado em igual período do ano anterior.

De acordo com os dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), ao longo dos 11 meses da safra, foram 212.065 contratos aprovados para os produtores do Estado, volume que ficou 5% maior.

A maior parte dos recursos do crédito rural disponibilizado para o Estado foi para aplicação na agricultura. Os dados mostram que foram desembolsados R$ 28,31 bilhões para o setor, montante 28% superior aos R$ 22,05 bilhões registrados em igual período do ano safra anterior.

Somente para a agricultura, foram aprovados 102.039 contratos, ante os 89.599 liberados no mesmo período da safra passada, o que representa um crescimento de 14%.

Na pecuária, a demanda pelo crédito subiu 25% e somou R$ 13,18 bilhões. No período, foram aprovados 110.026 contratos, volume 2% menor.

Para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos, os produtores buscaram mais pela linha de custeio. Os desembolsos para o Estado somaram R$ 25,15 bilhões, variação positiva de 47%. Foram aprovados 105.362 contratos, aumento de 19%.

Para o custeio das lavouras, foram liberados R$ 15,57 bilhões, aumento de 51% frente aos R$ 10,28 bilhões registrados anteriormente. O número de contratos aprovados ficou 21% maior e chegou a 54.649.

Ao longo de maio de 2023, o maior volume de recursos da linha de custeio foi destinado para cobrir as despesas da produção de soja, R$ 430,94 milhões. Em seguida, veio o café, com R$ 275,42 milhões, milho, R$ 76,77 milhões, e cana-de-açúcar, com R$ 21,52 milhões.

O crédito de custeio para a pecuária somou R$ 9,58 bilhões, superando em 41% os R$ 6,81 bilhões registrados no mesmo período da safra anterior. O número de aprovações, 50.713, ficou 17% superior.

A bovinocultura apresentou a maior demanda em maio, foram R$ 782,7 milhões liberados para o custeio da atividade. Logo em seguida, veio a suinocultura, R$ 33,9 milhões, e a avicultura, com R$ 5,99 milhões.

Demais linhas

Os desembolsos para a linha de investimento também já superam os resultados de igual período do ano safra anterior. Ao todo, o crédito desembolsado para o Estado foi de R$ 9,2 bilhões, alta de 3% frente aos R$ 8,97 bilhões registrados anteriormente.

Do total, R$ 6,25 bilhões foram para investimentos na agricultura, valor 6% maior. Foram aprovados 44.493 contratos, alta de 5%.

A pecuária demandou R$ 2,95 bilhões da linha de investimento, demanda que ficou 4% menor que os R$ 3,08 bilhões liberados nos primeiros 11 meses da safra 2021/22. A aprovação de contratos caiu 15% e encerrou em 58.965 unidades.

Em Minas Gerais, a demanda pelos recursos da linha de comercialização apresentou elevação de 3% nos primeiros 11 meses da safra, somando R$ 5,25 bilhões.

A agricultura foi a que buscou maior volume de recursos para comercialização. Para o setor, as liberações ficaram 7% maiores e alcançaram R$ 5,05 bilhões. Foram aprovados 2.720 contatos, variação positiva de 39%.

Já na pecuária, a demanda pelos recursos da linha de comercialização recuou 40% e encerrou o período próximo a R$ 210 milhões. A liberação de contratos caiu 9%, somando 299 unidades aprovadas.

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