Agronegócio

Desembolsos do crédito rural para Minas Gerais somaram R$ 37,92 bilhões

Desembolsos do crédito rural para Minas Gerais somaram R$ 37,92 bilhões
Valor entre julho de 2024 e fevereiro de 2025 foi de R$ 37,92 milhões para produtores mineiros; maior parte dos recursos foi para agricultura | Crédito: Divulgação Antônio Costa

Os desembolsos do crédito rural, para Minas Gerais, somaram R$ 37,92 bilhões entre julho de 2024 e fevereiro de 2025. O valor ficou 6% menor frente aos R$ 40,22 bilhões liberados em igual intervalo da safra passada. O valor total de crédito contratado pelos produtores rurais do Estado representou 15% do desembolso nacional, que alcançou R$ 250,6 bilhões, retraindo, portanto, 31%.

Em Minas, a maior parte dos recursos do crédito rural foi para aplicação na agricultura. Os desembolsos para o segmento somaram R$ 25,51 bilhões, queda de 9%. Já na pecuária, que demandou R$ 12,41 bilhões, houve aumento de 3% na demanda.

Ao todo, nos oito primeiros meses da safra 2024/25, foram fechados 170.294 contratos no Estado, queda de 14%. O volume de contratos da atividade agrícola, 88.083, caíram 10%. Na pecuária, houve queda de 17% e aprovação de 82.211 unidades.

Apesar de queda, linha de custeio é a mais demandada do crédito rural

Na safra 2024/25, a linha de custeio apresentou o maior número de contratos e também de valores desembolsados. Conforme os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sepa), para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos, houve a liberação de R$ 22,2 bilhões, uma retração de 5%. No mesmo período, a aprovação de contratos retraiu 9%, encerrando, então, os oito primeiros meses da safra com 82.446 unidades aprovadas.

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Para o custeio da agricultura, os desembolsos do crédito rural somaram R$ 13,52 bilhões. O valor caiu 10%, se comparado com os R$ 14,94 bilhões registrados anteriormente. Ao todo, os contratos aprovados para agricultura somaram 44.297 unidades, resultando, então, em uma diminuição de 14%.

No mesmo período, a pecuária demandou R$ 8,68 bilhões da linha de custeio, volume 4% maior que os R$ 8,33 bilhões anteriores.  A aprovação de contratos caiu 2%, encerrando, assim, com 38.149 pedidos liberados.

Comercialização e investimentos 

Além da queda dos desembolsos do crédito rural na linha de custeio, os produtores rurais de Minas Gerais também acessaram menos recursos para a comercialização e investimentos na safra.

No Estado, a demanda pelos recursos para investimentos caíram 4%, chegando a R$ 8,68 bilhões nos primeiros oito meses da safra. A busca do crédito rural para investir na agricultura caiu 6% e as liberações encerraram em R$ 5,58 bilhões. O número de contratos aprovados na agricultura, 40.641, ficou 5% inferior.

No mesmo período, os investimentos no setor pecuário somaram R$ 3,1 bilhões, retração de 2%. O número de contratos aprovados para a atividade, 49.938, retraiu 27%.

Na linha de comercialização, nos primeiros oito meses do ciclo produtivo, o crédito liberado foi de R$ 5,29 bilhões, retraindo, então, em 8%. A aprovação de contratos somou 3,127 unidades, 13% a menos.

Para a agricultura, o crédito da linha de comercialização alcançou R$ 5,21 bilhões em desembolsos, variação negativa de 7%. Para a pecuária, o montante liberado, R$ 80 milhões, ficou 50% menor.

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