Agronegócio

Preço das hortaliças sobe, e frutas ficam mais baratas em Minas Gerais

Dados de novembro são do Boletim ProHort; chuvas mais constantes dificultaram colheita e transporte
Preço das hortaliças sobe, e frutas ficam mais baratas em Minas Gerais
Das cinco hortaliças pesquisadas, destaque negativo foi alta da alface, que atingiu 43,89% | Crédito: Reprodução Adobestock

Ao longo de novembro, enquanto o preço da maior parte das hortaliças subiu, as frutas seguiram no sentido contrário. Os dados são do 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Das cinco hortaliças pesquisadas, três tiveram aumento nos preços, com destaque para a alta na cotação da alface, 43,89%. Já nas frutas, apenas o mamão teve o preço elevado em novembro, 39,76%.

Na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte, entre as hortaliças, a maior alta em novembro foi verificada na cotação da alface, com elevação de 43,89% frente a outubro. Assim, o quilo foi vendido, em média, a R$ 8,13.

Conforme o relatório da Conab, as chuvas mais constantes nas áreas produtoras de alface, com a possibilidade de o produtor controlar o montante a ser enviado ao mercado e, também, com as precipitações dificultando a colheita e o transporte, fizeram com que a oferta da hortaliça ficasse menor e pressionasse os preços. Além disso, o calor contribuiu para o aumento da demanda.

Em novembro, também houve aumento no preço da cenoura, 9,06%. No período, o valor médio do quilo chegou a R$ 1,52. O relatório da Conab explica que após vários meses de queda, o preço da cenoura voltou a subir. No entanto, diante dos níveis de preço atuais, não se pode dizer que ocorreu recuperação. Pelo contrário, eles continuam entre os mais baixos níveis do ano. Mesmo com uma oferta menor em novembro, ainda não houve espaço para uma recuperação significativa.

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Melancias
Entre as frutas, houve retração nos preços e melancia teve maior redução e chegou a 18,18% | Crédito: Diário do Comércio / Arquivo / Alyson J. Silva

O quilo da batata encerrou novembro a R$ 3,14, portanto, uma elevação de 4,26% frente a outubro. Conforme a Conab, a menor oferta da hortaliça em novembro explica a alta de preço.

Hortaliças em queda

Já a cebola e o tomate tiveram os preços reduzidos. No caso do da cebola, a retração foi de 3,82%, fazendo a cotação cair para R$ 1,82 o quilo. Com queda de 1,96%, o quilo do tomate ficou, em média, a R$ 1,77.  Nos dois casos, os dados indicam que os mercados da cebola e do tomate, em novembro, continuaram com a oferta elevada frente à demanda, gerando, assim, redução dos preços. 

Ao contrário das hortaliças, maior parte das frutas registrou queda nos preços em novembro

Enquanto a maior parte das hortaliças ficou mais cara, no caso das frutas, a demanda estagnada, em função do clima mais ameno e da concorrência entre as opções de mercado, fez com houvesse queda na maior parte das cotações. Conforme a Conab, a maior redução ocorreu no preço da melancia, 18,18% e o quilo negociado a R$ 1,77 em média. 

Queda também no valor da banana, 11,4%, fazendo com que a cotação média reduzisse para R$ 3,18 o quilo. A retração se deve à menor demanda, uma vez que a oferta ficou 11% menor no período.

Retração também no preço da maçã, 2,21%. Em novembro, o quilo da fruta atingiu a média de R$ 8,70. A laranja também ficou mais acessível para o consumidor. A cotação da fruta retraiu 7,11%, assim, a média de preço chegou a R$ 4,86 por quilo. A oferta caiu 20% no período.

No grupo das frutas, apenas a cotação do mamão avançou frente a outubro. O preço da fruta, R$ 3,82 por quilo, subiu 39,76%. Conforme a Conab, houve queda da colheita de ambas as variedades de mamão, com descartes feitos pelos produtores para evitar que o preço caísse, e da queda da produção pós pico de oferta em outubro. Além disso, as chuvas atrasaram a colheita e contribuíram para a menor disponibilização da fruta no atacado e varejo.

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