Agronegócio

Expedição Silvicultura vai mapear produção florestal em Minas e no Brasil

Projeto, que é apoiado no Estado pela Amif e Seapa, será apresentado no próximo dia 10 na Capital; é organizado por empresa pioneira no uso de geotecnologias para o setor em parceria com Embrapa Florestas
Expedição Silvicultura vai mapear produção florestal em Minas e no Brasil
Estado é líder no ranking de florestas plantadas no País com 2,3 milhões de hectares; de setembro a novembro deste ano, especialistas vão percorrer mais de 40 mil kms em 14 estados | Foto: Divulgação Amif

Líder no ranking de florestas plantadas do Brasil, com 2,3 milhões de hectares, Minas Gerais, no dia 10 de setembro, será palco do lançamento da primeira edição da Expedição Silvicultura – na trilha da produtividade. O projeto, que será apresentado na Fundação João Pinheiro (FJP), em Belo Horizonte, irá, de forma inédita, mapear a atividade no País.

A Expedição é organizada pela Canopy – empresa pioneira no uso de geotecnologias aplicadas ao setor florestal no Brasil – em parceria com a Embrapa Florestas. Em Minas Gerais, o projeto é apoiado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) e pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). 

De setembro a novembro de 2025, especialistas irão percorrer mais de 40 mil quilômetros pelas principais regiões produtoras em 14 estados do País, coletando informações em cerca de 40 mil pontos de controle. A iniciativa visa aprofundar o entendimento das condições e desafios da produção florestal no País, além de fomentar a troca de experiências entre os principais profissionais do setor.

Conforme a presidente da Amif, Adriana Maugeri, que também é presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a Expedição Silvicultura será importante para levantar com precisão dados sobre o setor, o que é fundamental para o planejamento estratégico.

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“A Expedição Silvicultura é de extrema relevância para o nosso setor, para essa cultura que, aqui em Minas Gerais, é a maior cultura agrícola e no Brasil é um potencial gigantesco de ser realmente a força motriz da transição energética do nosso País, uma vez, que nós temos todas as credenciais do equilíbrio entre a produção e a conservação”.

Adriana explica ainda que a expedição – assim como já acontece algumas outras culturas agrícolas – tem como um dos principais objetivos e norteadores aumentar a eficácia das informações e dos levantamentos já realizados pelo setor florestal nos últimos anos. Isso será feito com o uso de tecnologia de alta performance, com as melhores ferramentas disponíveis hoje para a acurácia e até levantamento de informações que antes não era possível sem o uso da tecnologia.

“Nós temos uma expectativa gigantesca para Minas Gerais e para o Brasil, de que a gente vai dar um salto quântico de qualidade da informação obtida por meio de coletas de dados em campo em 14 estados brasileiros, com forte presença na cultura de florestas plantadas. Nós temos a expectativa que, a partir dessa coleta de dados, se desdobrem muitas pesquisas e trabalhos científicos. Acreditamos que também haverá melhoria de gestão nos processos produtivos e manejo das empresas florestais”.

A expedição analisará áreas de cultivo de eucalipto, pinus e espécies de destaque regional. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre práticas de manejo, incluindo o uso de insumos e tecnologias.

Além de levantar dados de produtividade florestal, a iniciativa investigará tendências de investimento, custos de produção e as percepções e expectativas dos produtores. Também serão avaliadas as práticas socioambientais adotadas nas diferentes regiões, bem como os impactos das mudanças climáticas sobre a produção florestal.

“Sem dúvida nenhuma, com a Expedição Silvicultura, ganham todos, ganham as empresas, ganham os consumidores dos produtos de origem florestal, ganham os governos estaduais e o governo federal, especialmente, o Mapa por ser casa que possui a competência da gestão do setor florestal no Brasil. Nós estamos com altas expectativas e acreditamos que realmente, não só essa expedição, mas a manutenção desse projeto ao longo dos próximos anos, nós consigamos, cada vez mais, enxergar além do que hoje já enxergamos de tantos pontos positivos que fazem realmente o setor florestal diferenciado”, finaliza a presidente da Amif.

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