Agronegócio

Exportação recua no primeiro semestre

Ao todo, no primeiro semestre de 2023, o Brasil faturou US$ 4,8 bilhões com exportação de carne bovina no primeiro semestre, queda de 21,4%
Exportação recua no primeiro semestre
O principal importador da carne bovina brasileira nos primeiros seis meses foi a China | Crédito: REUTERS/Paulo Whitaker

São Paulo – A exportação de carne bovina do Brasil teve uma recuperação em junho, mas fechou o semestre com queda de 3,8%, para 1,02 milhão de toneladas, com o setor lidando com um embargo da China (já suspenso), apontaram dados da Abiec divulgados ontem, que é a associação que reúne os principais exportadores do país.

Em junho, os embarques dos principais cortes in natura do país, que é o maior exportador global de carne bovina, aumentaram 26% em relação ao mesmo período do ano passado para aproximadamente 192 mil toneladas, conforme dados do governo brasileiro.

Ao todo, no primeiro semestre de 2023, o Brasil faturou US$ 4,8 bilhões com exportação de carne bovina no primeiro semestre, queda de 21,4%, acrescentou a Abiec.

A associação lembrou que um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) em fevereiro – que resultou no fechamento do mercado da China, retomado um mês depois – impactou os negócios no primeiro semestre.

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Ainda assim, o principal importador da carne bovina brasileira nos primeiros seis meses foi a China, com compras de 512.306 toneladas, gerando receitas de US$ 2,6 bilhões, segundo a Abiec, que tem entre seus associados os principais produtores e exportadores, como JBS, Marfrig e Minerva. Os embarques para a China recuaram 5% em volume e 29% em receitas.

Demais países e UE

O segundo maior mercado do Brasil no primeiro semestre foi os Estados Unidos, com volume total de 71.398 toneladas (-8,4%) e faturamento de US$ 428,6 milhõe (-18,9%), considerando carne in natura e industrializada. “Somente para carne bovina in natura, os volumes para os EUA somam 49.545 toneladas com faturamento. Hoje, o Brasil é o terceiro maior fornecedor de carne bovina in natura para o mercado norte-americano, consolidando a proteína brasileira como grande parceira na indústria processadora de carnes do país”, disse a associação.

As exportações para União Europeia, que adquire cortes com alto valor agregado, aumentaram 7,7% no primeiro semestre, para 39.330 toneladas, totalizando US$ 287,2 milhões (+2,1%) no primeiro semestre, disse a Abiec.

“Foi o maior volume exportado para o bloco europeu desde 2008, quando foi instituída a obrigatoriedade das Fazendas Traces, o que reduziu as propriedades habilitadas e diminuiu para menos da metade o total exportado de carne bovina in natura do Brasil para EU”, disse.

Os embarques para o Chile cresceram 25,1%, para 44,5 mil toneladas, gerando um faturamento de US$ 217,7 milhões (+18.8%).

A Abiec destacou também o crescimento das exportações para a Rússia, que aumentaram 44,7% no primeiro semestre, para 23.556 toneladas.

A associação também citou boas perspectivas com recentes aberturas para a carne in natura para o México e Canadá.

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