Exportações do agronegócio de Minas batem recorde

As exportações do agronegócio de Minas Gerais, faltando dois meses para o encerramento do ano, já são recordes. Entre janeiro e outubro, os embarques movimentaram US$ 12,9 bilhões, superando em 49,2% o resultado obtido em igual intervalo do ano passado. O montante também já está maior que os US$ 10,5 bilhões registrados ao longo de 2021, que até então era o maior já atingido pelo setor.

Dentre os destaques estão o café, com alta de 63,1% no valor embarcado, seguido pelo complexo da soja, com aumento de 52,7%, e grupo das carnes, que registrou expansão de 46,3% no faturamento com as exportações. Em relação ao volume exportado, foram 11,8 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo, volume que superou em 9,1% as 10,8 milhões de toneladas registradas entre janeiro e outubro de 2021.

Com o resultado, o agronegócio respondeu por 38,2% do faturamento total obtido pelas exportações de Minas Gerais nos primeiros 10 meses do ano, que foi e US$ 33,8 bilhões. Em volume, a participação foi de 8,5%.  “Mais uma vez, o agro mineiro mostra seu potencial como diferencial positivo para a balança comercial do Estado. O setor produtivo, a cada dia, se apresenta mais organizado e profissionalizado. Isso se traduz em incremento nas divisas com criação de emprego, geração de renda e projeção internacional dos nossos produtos”, disse, em nota, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.

Nos dez primeiros meses do ano, as importações do setor somaram US$ 834,4 milhões, alta de 5,69%. Em volume, as compras do setor retraíram 11,71% e chegaram a 661,5 mil toneladas.

Dentre os produtos, o maior faturamento foi registrado nos embarques do café. Somente o grão, que responde por 43,5% das exportações do setor, movimentou US$ 5,6 bilhões, valor que superou em 63,1% o registrado entre janeiro e outubro de 2021. O volume destinado ao mercado externo cresceu 1,7% e alcançou 1,38 milhão de toneladas. Conforme os dados da Seapa, a alta do faturamento foi puxada pela valorização significativa do valor da tonelada, que saiu de uma média de US$ 2.521 para atuais US$ 4.045. A quebra de safra, resultado do clima adverso, é fator que contribuiu para a valorização.

Alta também foi vista nos embarques do complexo soja. Em faturamento, a expansão foi de 52,7%, atingindo US$ 3,34 bilhões. Ao todo, foram destinados ao mercado internacional 5,4 milhões de toneladas de produtos do complexo soja,  aumento de 14,1%. A maior parte –  5,1 milhões de toneladas – foi de soja em grãos.

O  setor de carnes também manteve os resultados positivos. Entre janeiro e outubro, as exportações movimentaram  US$ 1,5 bilhão, com o embarque de 356 mil toneladas, alta de 46,3% em receita e de 17,6% em volume.  Principal representante do segmento, a receita da carne bovina registrou faturamento de US$ 1,16 bilhão, variação positiva de 49,8%, com o embarque de 194,8 mil toneladas, 24,3% maior. A carne de frango obteve US$ 291 milhões em faturamento, superando em 45,8% o resultado de igual período do ano anterior. A comercialização chegou a 139,4 mil toneladas, 13,1% maior. 

Já em suínos, os resultados foram negativos. O faturamento recuou 9,2% e o volume de carne embarcada caiu 8,6%. Ao todo, foram exportadas 16,8 mil toneladas de carne de porco, que movimentaram US$ 34,4 milhões. 

Já as exportações do setor sucroalcooleiro geraram um faturamento de US$ 1,14 bilhão, ficando 18,3% maior. O volume embarcado –  2,9 milhões de toneladas –  retraiu 2,9%.