Agronegócio

Feiras realizadas pela Cooxupé mobilizam cafeicultores

Promovidas pela Cooxupé, feiras estão marcadas para fevereiro e março e são oportunidade de acesso a novas tecnologias
Feiras realizadas pela Cooxupé mobilizam cafeicultores
Crédito: Adam Bernstein/Reuters

Os cafeicultores que quiserem investir em produtos, máquinas e equipamentos que tragam maior eficiência poderão realizar negócios durante a Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri) e a Feira do Cerrado. Os eventos, que são promovidos pela Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), serão, por mais um ano, virtuais

As feiras são consideradas oportunas para que os produtores conheçam e invistam em tecnologias, máquinas e insumos voltados para a cultura do café. A Femagri será de 1º a 25 de fevereiro e a Feira do Cerrado, de 1º a 30 de março.

De acordo com o supervisor de Mercado de Máquinas da Cooxupé, Douglas Ferreira, a ideia era realizar os eventos de forma presencial. Porém, ao longo do período de organização, que foi iniciado em agosto de 2021, foram identificados gargalos e, para atender melhor os cooperados, optou-se pelos eventos virtuais. 

Ferreira explica que, devido à pandemia, muitos fornecedores de serviços e de estrutura para a montagem das feiras presenciais mudaram de ramo, o que dificultou a execução dos eventos presenciais. Além disso, com o aumento dos casos de Covid-19, a organização achou mais prudente manter os eventos em formato virtual, evitando colocar em risco os associados. 

“Iniciamos a movimentação para a estruturação das feiras  em agosto de 2021 e a intenção era fazer presencial. Porém, para os eventos, dependemos de empresas de terceiros, como tendas, buffets e outras empresas do ramo de eventos. Na pandemia, com os eventos suspensos, estas empresas partiram para outras atividades. Então encontramos dificuldade em garantir o evento presencial. Além disso, ainda estamos em um momento de pandemia e temos muitos associados do grupo de risco. Para a maior segurança, resolvemos manter o evento virtual”, disse. 

Mesmo em formato virtual, os eventos serão interessantes para os investimentos em máquinas, equipamentos, implementos e insumos. Além disso, haverá condições diferenciadas de pagamento. De acordo com Ferreira, serão 80 empresas expondo em cada feira.

Pagamento facilitado

Para estimular os negócios, a Cooxupé conseguiu negociar junto aos fornecedores, e os associados terão opções consideradas interessantes para o pagamento dos produtos adquiridos. 

“Todos os produtos poderão ser pagos em até 5 parcelas, com pagamento de um parcela a cada ano. Estas cinco parcelas poderão ser pagas com a entrega do café. Além disso, não será preciso fazer a trava no dia da compra, e sim quando o produtor achar mais interessante, mas que seja antes do vencimento de cada parcela anual. É uma forma de estimular os investimentos e dar condições do produtor se planejar”, explicou Ferreira. 

Ainda segundo ele, as feiras também vão ajudar os produtores a anteciparem investimentos. “Devido ao momento pandêmico, existem problemas de logística e alta dos preços. Ao antecipar as compras, o produtor consegue travar o valor dos produtos”, afirmou. 

A expectativa é de que a maior parte dos 16 mil  cooperados participe dos eventos, que terão cerca de 9 mil itens disponíveis para venda. O acesso aos eventos ocorrerá pelo aplicativo da Cooxupé, que já é utilizado pelos cooperados. Também tem a opção de acessar pelo site da cooperativa. Produtores que encontrem dificuldades poderão comparecer às unidades regionais que haverá equipe da Cooxupé auxiliando.  

Novidades

Entre os expositores, estão a Makreis e a Matão Equipamentos, que têm nos portfólios as colhedoras de café. Para este ano, em que  a oferta de mão de obra está menor e mais cara, investir na colheita mecanizada pode ser uma boa opção para os cafeicultores cujas lavouras estão em terrenos menos íngremes e que permitam o uso das máquinas. 

Outra empresa é a Origem do Brasil, que vai comercializar o Centriflux Cafés. A máquina transporta em fluxo contínuo todos os tipos de cafés processados na via úmida, deixando-os secos para os próximos ciclos. Com ela, o produtor pode transportar da maneira que planejar, sem necessidade de elevador. 

“A máquina é dois em um: centrifuga e transporta todos os tipos de café”, explicou Ferreira. 

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