Festival Mundial da Cachaça de Salinas deve girar cerca de R$ 30 milhões em negócios

Tradicional cidade produtora de cachaça de alambique, Salinas, no Norte de Minas Gerais, realiza de 11 e 13 de julho a 22ª edição do Festival Mundial da Cachaça. O evento reunirá mais de 100 expositores e promoverá uma movimentação financeira estimada em torno de R$ 30 milhões. O evento é considerado importante para a cadeia produtiva da cachaça na região, sendo o momento de divulgar os produtos e fazer negócios com consumidores finais, empresários de todo o País e também do mundo.
Considerado um dos maiores eventos do setor no País, o Festival Mundial da Cachaça acontece no Parque de Exposições Adail Melo, em Salinas. A realização é da Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (Apacs) e da prefeitura, com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas).
Conforme o presidente da Apacs, Jean Henrique de Oliveira, o festival da cachaça de Salinas é uma importante oportunidade para que os produtores da bebida façam negócios.
“Nesta edição, serão 111 expositores e 80 marcas, sendo que a maioria de cachaças. O Festival é de extrema importância porque é o momento de mostrar a produção e fazer negócios. A cidade tem se destacado muito na mineração e, isso, tem atraído muitas pessoas para o município. Então, é um momento muito interessante para apresentar a cachaça. Esperamos receber visitantes de vários estados do Brasil e também estrangeiros”.
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A expectativa é receber cerca de 40 mil visitantes, entre turistas, consumidores finais, distribuidoras, representantes comerciais, apreciadores e colecionadores de cachaça, além de moradores da cidade e região. O Festival Mundial da Cachaça conta com oficinas, workshops, palestras, degustação e vendas de cachaça, gastronomia e apresentações culturais.

Uma das grandes atrações do festival são as visitas aos alambiques de marcas reconhecidas no mercado, como Havana, Canarinha, Sabiá e Seleta e também ao Museu da Cachaça.
“O passeio pelos alambiques é voltado, principalmente, para os turistas. É uma oportunidade de conhecer a história, degustar e ver a produção acontecendo. O momento é muito interessante, pois estamos em período de safra”.
Festival terá concurso de qualidade
Outro destaque da programação é a realização do 1º Concurso de Cachaças, que conta com o apoio do Sebrae Minas. O certame é voltado para as marcas que estão expondo no Festival Mundial da Cachaça. Durante todo o evento, haverá degustação por especialistas, e, no último dia, acontece a escolha da melhor cachaça do festival.
“O concurso vai eleger a melhor cachaça do Festival. Já tem cerca de 50 amostras inscritas. A iniciativa é uma forma de valorizar os participantes do evento”, explicou Oliveira.
Espaço Sebrae
Além das cachaças, com o apoio do Sebrae Minas, haverá exposição e comercialização de produtos da região que expressam a mineiridade, como mel, café, licor e queijo no estande Espaço Origem Minas.
Haverá ainda, no espaço institucional do Sebrae, um setor de inovação e tecnologia. O objetivo é mostrar aos visitantes e empreendedores ações de digitalização voltadas para melhoria dos negócios.
“Sempre fomos parceiros dos produtores oferecendo suporte técnico, capacitação, acesso a mercados, controle de qualidade, suporte em marketing e vendas e participação em grandes feiras e festivais do setor da cachaça”, disse o analista do Sebrae Minas, Albertino Correia.
A cachaça em Minas Gerais e em Salinas
Conforme os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2024, Minas Gerais seguiu líder na produção da cachaça de alambique. O Estado conta com o maior número de cachaças registradas. São 2.492 produtos, que representam 34,5% das cachaças com registro do País.
Minas também conta com o maior número de estabelecimentos elaboradores de cachaça registrados (501), o que corresponde a 39,6% das existentes no Brasil.
Salinas, no Norte de Minas, ainda é o município que figura com a maior quantidade de registro de cachaças, possuindo 292 produtos registrados, o que corresponde a 11,7% de todas as registradas no Estado.
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