Agronegócio

Fóruns do projeto ‘Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal’ começam em março

Encontros começam neste mês; projeto tem como objetivo difundir informações, estimular a troca de experiências, além de promover e valorizar o produto
Fóruns do projeto ‘Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal’ começam em março
O projeto conta com R$ 900 mil e é realizado pelo Instituto Periférico, a partir de recursos contemplados via Plataforma Semente | Crédito: Divulgação Instituto Periférico

Os primeiros encontros do projeto “Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal – Patrimônio Cultural Brasileiro” terão início agora, no dia 18 de  março. O projeto tem o objetivo de difundir informações, estimular a troca de experiências, além de promover e valorizar o produto. Ao todo, serão 10 encontros nas regiões já demarcadas como produtoras do QMA. O primeiro evento acontece em Santa Bárbara, na microrregião de Entre Serras da Piedade ao Caraça.

O projeto conta com R$ 900 mil de recursos e é realizado pelo Instituto Periférico, a partir de recursos contemplados via Plataforma Semente, por meio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo).

De acordo com a diretora-presidente do Instituto Periférico, Gabriela Santoro, o projeto vem para solucionar, principalmente, duas demandas. Ela explica que ao desenvolver outros projetos relacionados à cultura alimentar em Minas Gerais, o Instituto Periférico identificou que muitos produtores e outros agentes de patrimônio desconheciam a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à lista representativa da Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade ou mesmo os impactos que esse reconhecimento traria.

“Diante dessa primeira demanda, seria importante, então, uma mobilização para levar até os detentores do saber e as comunidades envolvidas mais informações e, também, oportunizar o intercâmbio de experiências e percepções. A segunda demanda refere-se ao conjunto de ações já desenvolvidas pelos órgãos de patrimônio – no caso, Iepha-MG e Iphan – e pelo governo do Estado para promover e valorizar este bem cultural já registrado em Minas Gerais, no Brasil, e, agora, reconhecido mundialmente”, disse.

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Encontros para promoção do Queijo Minas Artesanal reunirão cadeia produtiva

Assim, foram organizados 10 encontros regionais. Os quatro primeiros já estão com as datas definidas. O primeiro será em Santa Bárbara, no dia 18 de março, representando a microrregião de Entre Serras da Piedade ao Caraça. O segundo, no dia 31 de março, acontecerá em Cruzeiro da Fortaleza, na região do Cerrado

No dia 1º de abril, o fórum será no município de Serra do Salitre, na microrregião de mesmo nome e, logo em seguida, no dia 3 de abril, em Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro.

O objetivo é reunir produtores, instituições, comerciantes, trade turístico e demais integrantes da cadeia produtiva do QMA nas microrregiões caracterizadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), que presta apoio técnico à iniciativa. A participação nos fóruns é gratuita e não precisa de inscrição.

“Os principais objetivos do projeto são valorizar os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como bem cultural junto às próprias comunidades. Também queremos promover o bem cultural e o reconhecimento pela Unesco. Com as reuniões regionais queremos criar momentos para que os detentores estejam em diálogo entre si e com as entidades que se relacionam com a cadeia produtiva do queijo. Assim, vamos coletar depoimentos, observações, percepções e demais manifestações para gerar um relatório que apresente a realidade percebida em cada uma das microrregiões produtoras do QMA”, explicou Gabriela Santoro.

O relatório, segundo ela, será publicado e encaminhado às entidades municipais, estaduais e federais para que auxilie o desenvolvimento de políticas públicas e a execução do plano de salvaguarda.

Os órgãos de patrimônio – Iepha-MG e Iphan – participam das ações, que são conduzidas por uma equipe de pesquisadores e técnicos do Instituto Periférico. São utilizados instrumentos metodológicos específicos para coleta de dados, depoimentos e participação ativa dos agentes de patrimônio.

O projeto

Com duração de um ano e encerramento previsto para setembro de 2025, o projeto envolve 110 municípios distribuídos entre as dez microrregiões produtoras de Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras do Ibitipoca). Além dos fóruns, o projeto inclui a criação de um plano de comunicação eficaz, utilizando redes sociais e mídia impressa para aumentar a visibilidade dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal e sensibilizar a população sobre a sua importância.

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