Frutas e hortaliças ficam mais baratas em Belo Horizonte

Em fevereiro, comprar frutas e hortaliças ficou mais barato em Belo Horizonte. No mês, frente a janeiro, a maior parte dos produtos pesquisados pela Companhia Nacional de Abastecimentos (Conab) apresentou retração nos valores médios. Entre os 10 produtos pesquisados – frutas e hortaliças, seis apresentaram queda nos preços. Os destaques foram as reduções de 23,15% na cotação da cenoura e de 10,14% na maçã. Por outro lado, altas expressivas ocorreram nos preços do mamão, 64,69%, e do tomate, 20,43%.
Conforme os dados do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), a queda de 23,15% verificada na cotação da cenoura fez com que o quilo da hortaliça chegasse à média de R$ 2,53 na média da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte. A queda pode ser atribuída à boa oferta do produto, uma vez que Minas Gerais é o principal e maior produtor do País.
Já em março, as chuvas estão interferindo na colheita da cenoura e impactando a oferta, assim, em Belo Horizonte, houve alta de 1,5% nos primeiros 10 dias do mês.
“Por mais um mês, o preço da cenoura apresentou queda em fevereiro, revertendo o movimento de alta vista em janeiro. Nessa época do ano, a variação de preços é frequente devido às chuvas que interrompem a colheita”, explicou a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".

Queda também ocorreu no valor da cebola, 5,37%, com o quilo negociado a R$ 2,04. Conforme a Conab, a redução do preço é resultado da maior oferta, principalmente vinda do Sul do País. Desde dezembro, a oferta da cebola começou a tomar força, fazendo com que os preços recuassem.
Ao longo de fevereiro, com a maior oferta, o preço da batata, R$ 1,95 por quilo, caiu 2,38% se comparado com o de janeiro. O desempenho da safra da batata em Minas Gerais, conforme a Conab, está positivo, já que a produtividade da atual safra vem alcançando os níveis esperados. Isso, devido às boas condições climáticas em quase toda a safra. Nos primeiros 10 dias de março houve redução de 10% no preço da batata.
Assim como nas hortaliças, maioria das frutas apresentou queda de preços
O levantamento da Conab mostrou que, assim como nas hortaliças, o preço da maioria das frutas recuou em fevereiro. A maior queda ocorreu na cotação da maçã, que ficou 10,14% mais barata e foi vendida a R$ 7,46 o quilo.
“O comportamento do mercado de maçã foi de queda na cotação e aumento da colheita da maçã gala, que tradicionalmente ocorre antes da variedade fuji. Isso resultou em oferta maior”, explicou a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres.
Com as empresas estocando as frutas, para controlar a oferta e evitar quedas mais expressivas nos preços, nos primeiros 10 dias de março, na Ceasa Minas – Belo Horizonte, houve um reajuste de 5,3% no valor médio.
Queda relevante também na cotação da banana. O quilo da fruta, conforme a Conab, ficou 9,18% menor, alcançando um valor médio de R$ 3,36. No caso da laranja, a queda chegou a 3,73%, reduzindo o preço por quilo para R$ 3,82.
Altas
Apresentando a maior alta nos preços médios do País, o mamão na Ceasa Minas ficou 64,69% mais caro ao longo de fevereiro. Na Capital, a cotação da fruta alcançou R$ 4,60 por quilo. No mês, a demanda pela fruta foi alta, crescendo 44% na Ceasa Minas.
A alta expressiva no preço do mamão ocorreu pela menor oferta. Conforme a Conab, as chuvas abundantes em janeiro provocaram diminuição da produtividade e favoreceram o surgimento de doenças fúngicas. Nos primeiros dias de março, o preço do mamão seguiu firme em Belo Horizonte, com alta de 11% frente a fevereiro.
“A fruta teve um movimento de alta em função da queda da colheita nas áreas produtoras”, explicou Juliana.
Alta expressiva também ocorreu no valor da melancia. Conforme a Conab, em Belo Horizonte, o valor do quilo da fruta chegou a R$ 2,96, variação positiva de 38%.
As fortes chuvas e as seguidas ondas de calor nas regiões produtoras fizeram com que a oferta de alface ficasse menor em fevereiro. Assim, o preço da hortaliça, em Belo Horizonte, subiu expressivos 23,47% em fevereiro na comparação com janeiro. O valor do quilo da alface chegou a R$ 12,43, o mais alto entre as regiões pesquisadas pela Conab. Na média ponderada do País, a alta ficou em 24,94% com o quilo avaliado em R$ 6,12.
O fim da safra do tomate também fez com que o preço registrasse alta significativa em fevereiro. Na Ceasa Minas, o quilo do tomate chegou a R$ 3,65 no segundo mês do ano, representando, assim, um incremento de 20,43% sobre janeiro. A tendência é de preços firmes uma vez que nos primeiros 10 dias de março, conforme a Conab, na Ceasa Minas houve uma variação acima de 50% no preço médio.
Ouça a rádio de Minas