Garantia-Safra vai ter capacitação

O governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Emater-MG, realiza hoje, em Montes Claros, e nesta quinta-feira (10), em Araçuaí, mais uma etapa de capacitação sobre o programa Garantia-Safra. O treinamento, que também conta com a parceria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg), é direcionado aos agentes municipais que participam da sua operacionalização, representantes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRs), técnicos da Emater-MG e dos sindicatos dos trabalhadores rurais.

O Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que tem a adesão do governo de Minas, para a concessão de benefício financeiro, no valor anual de R$ 1,2 mil em parcela única, aos agricultores familiares que vivem na área de atuação da Sudene, em caso de perda da safra devido à estiagem ou excesso de chuvas.

Recurso estadual

Na safra 2021-2022, a política pública beneficiou cerca de 39 mil agricultores, de 99 municípios, com um aporte de R$ 4,1 milhões do Estado. Na safra 2022-2023, já são 35,7 mil agricultores inscritos no programa, de 109 municípios, com investimento do governo estadual de mais de R$ 5,1 milhões.

“A capacitação é um instrumento fundamental para tirar dúvidas das equipes que atuam diretamente com o cadastro dos produtores e aprimorar o processo, assegurando que o benefício chegue a todos que tenham direito. O programa é fundamental para garantir renda mínima aos agricultores familiares que se encontram em situação de vulnerabilidade nos momentos de perda da safra”, avalia a diretora da Agricultura Familiar da Seapa, Fabrícia Ferraz.

Além da adesão dos governos estaduais, a execução do programa conta com recursos do governo federal, prefeituras e dos próprios produtores rurais, em que cada um deles paga uma quota-parte ao fundo do programa. O benefício anual é pago a agricultores que comprovem perdas de 50% ou mais das suas lavouras em razão de secas ou chuvas em excesso.

Podem ser cadastrados no programa os portadores da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa ou o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), com renda familiar mensal de, no máximo, 1,5 salário mínimo e que plantam entre 0,6 a 5 hectares de feijão, milho, arroz, algodão ou mandioca. É necessário ainda que os municípios, todos parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), tenham aderido à política pública. (Seapa)