Governo avalia remanejar verbas de programas do Plano Safra

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estuda adequar os recursos ofertados no Plano Safra 2021/2022 em razão da procura dos produtores rurais e das cooperativas agropecuárias por programas de investimento. Na atual temporada, os recursos totalizam R$ 251,3 bilhões. Só no primeiro mês de contratação do crédito rural, os financiamentos atingiram R$ 27 bilhões, alta de 16% em relação ao mesmo período da safra passada.
Em julho, foram contratados R$ 6,8 bilhões para investimentos, o equivalente a 9% dos R$ 73,4 bilhões disponibilizados para essa finalidade.
A medida passou a ser considerada após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter comunicado aos agentes financeiros a suspensão de novos pedidos de financiamento de programas de investimento, pois os que já haviam sido protocolados pelo banco correspondem a grande parte dos recursos disponíveis.
De acordo com o diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, o ministério poderá propor remanejamento de recursos a partir das contratações efetivadas no Sicor/Bacen. “As necessidades de realocação serão avaliadas à luz das disponibilidades e perspectivas de contratação em cada programa e do desempenho dos diferentes agentes financeiros que operam com recursos equalizáveis”.
O diretor informou que o remanejamento pode ocorrer em quatro momentos do ano-safra: setembro, novembro, fevereiro e maio. “Dadas as limitações de recursos orçamentários e a aquecida demanda de crédito para investimentos agropecuários, é natural que os recursos disponibilizados, embora tenham sido acentuadamente elevados na atual safra, venham a se exaurir antes do final do período, conforme ocorreu no ano passado”, explica o diretor.
Além do remanejamento em estudo, o governo federal tem trabalhado com agentes financeiros para que viabilizem linhas próprias de investimento, no intuito de complementar os recursos do crédito rural, conforme já ocorre no Banco do Brasil, por meio do Invest Agro, e no BNDES, por meio do BNDES – Crédito Rural. (Com Mapa)
Ouça a rádio de Minas