Safra de grãos pode ser recorde em Minas com ajuda do clima

As condições climáticas favoráveis, até o momento, vão contribuir para que Minas Gerais, por mais um ano, colha uma nova safra recorde de grãos. Conforme o 8º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado deve colher 18,33 milhões de toneladas, um aumento de 8,5% frente à safra anterior. Neste ano, um dos destaque é a soja, cuja produção supera 8 milhões de toneladas e está 9,4% superior.
De acordo com o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, o aumento da área e da produtividade vão impulsionar o recorde produtivo: “Para Minas, a Conab estimou uma safra recorde de 18,33 toneladas. O aumento vem em função de área e produtividade, que tendem a aumentar na safra”.
Conforme os dados da Conab, a área estimada para o ano-safra é de 4,29 milhões de hectares, o que representa aumento de 4,2%, Em relação à produtividade, a alta será de 4,2% com rendimento médio de 4,27 toneladas por hectare.
Em relação aos principais destaques da produção mineira de grãos, a soja é um deles. A estimativa para a oleaginosa aponta, inclusive, para uma produção de 8,3 milhões de toneladas, variação positiva de 9,4%.
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A produção de soja ocupa uma área de 2,1 milhões de hectares, espaço que ficou 9,3% maior este ano. Em relação à produtividade, a mesma deve ficar estável, com pequena alta de 0,1% e colheita de 3,8 toneladas por hectare. “A produção de soja está indo bem. No Estado, as condições climáticas foram muito boas”, explicou Vasconcellos.
Milho
O 8º Levantamento da Safra de Grãos aponta para uma produção total de milho 2,5% maior, com a colheita de 7,8 milhões de toneladas. O crescimento virá da segunda safra, que já está em fase de desenvolvimento no campo. A previsão é colher 2,7 milhões de toneladas do produto segunda safra, superando em 26,7% o volume registrado em igual período da safra passada. Neste ano, a área produtiva é de 501,8 mil hectares, queda de 9,5%. A produtividade, porém, tende a crescer 40% e atingir 5,4 toneladas por hectare.
“Atraso no plantio da soja reduziu a janela ideal para a semeadura do milho. Por isso, produtores optaram por reduzir a área e plantar outras culturas como o sorgo e o trigo. Cerca de 70% do milho segunda safra está em fase de desenvolvimento vegetativo, o que requer atenção especial em relação à deficiência hídrica e também às variações de temperatura”, explica o representante da Conab.
Na primeira safra do cereal, Minas Gerais se destaca como maior produtor. Ao todo, foram 5,12 milhões de toneladas de milho colhidas, o que representou, contudo, uma queda de 7% frente à safra anterior. A área, que concorre com a soja, recuou em 6,9% e somou 781,7 hectares.
Feijão e trigo também têm boas expectativas
Para o feijão, a expectativa também é positiva. A previsão é colher uma safra total 9,1% maior, chegando a 529 mil toneladas. Foi estimada alta de 7,8% na produtividade e rendimento de 1,6 tonelada por hectare.
Na primeira safra, a produção cresceu 9,8% e somou 220,4 mil toneladas de feijão. A alta foi resultado da melhor produtividade, que cresceu 12,4%, com a colheita de 1,5 toneladas por hectare. No período, a área – 146,8 mil hectares – recuou 2,3%.
Para a segunda safra, que está em campo, a previsão é colher 176 toneladas de feijão, volume 16,6% maior. A área, 114,6 mil hectares, ficou 6,9% superior e a produtividade, 1,5 tonelada por hectare, está 9% maior.
Como alternativas ao milho segundo safra, devido à menor janela de plantio e maior risco climático, as produções de trigo e sorgo também podem apresentar resultados favoráveis no Estado.
No caso do trigo, a safra tende a crescer 25% e chegar a 373,5 mil toneladas. Já no sorgo, que é mais resistente à seca, a alta estimada é de 65,4%, e colheita de 1,1 milhão de toneladas.
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