Agronegócio

Importações do trigo argentino caem e moinhos já temem falta do insumo

Importações do trigo argentino caem e moinhos já temem falta do insumo
Crédito: Ilya Naymushin/Reuters

São Paulo – As importações de trigo pelo Brasil estão em queda neste mês por efeito da greve de trabalhadores dos portos na Argentina, principal fornecedor do cereal ao país, e há preocupação relacionada à oferta para alguns moinhos, que podem ficar sem a matéria-prima da farinha, disse ontem o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa.

Segundo ele, a entidade estima que existem cerca de dez navios aguardando o fim da greve na Argentina para carregar trigo comprado pelo Brasil.Depois de carregado, um navio que parte da Argentina leva quatro dias para chegar em solo brasileiro.

As atividades portuárias e de processamento de grãos da Argentina vêm sendo afetadas desde 9 de dezembro, quando dois sindicatos de trabalhadores e um de técnicos portuários iniciaram uma greve simultânea por reivindicações salariais.

“Com a greve, é claro que não está havendo embarque de trigo argentino para o Brasil. Os desembarques se reduziram. Continuamos preocupados com a continuação da greve”, afirmou Barbosa. “Se a greve não terminar a curto prazo alguns moinhos no sul e centro-sul vão ter dificuldade para produção de farinh”, acrescentou ele.

Até a quarta semana deste mês, as importações de trigo e centeio não moídos pelo Brasil haviam atingido cerca de 237 mil toneladas, ante 650 mil toneladas em dezembro completo de 2019, segundo os dados do Ministério da Economia divulgados ontem. O ministério não separa trigo e centeio, mas o trigo representa a quase totalidade do volume. (Reuters)

 

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