Agronegócio

Imposto de Importação do arroz é zerado pela Camex

Imposto de Importação do arroz é zerado pela Camex
Preços do cereal vêm aumentando de forma significativa neste ano, sendo negociado por R$ 104,17 a saca | Crédito: Pixabay

Brasília – O Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu ontem zerar a alíquota do Imposto de Importação para o arroz em casca e beneficiado até o fim deste ano, em meio à expressiva alta no preço do produto no País.

Em nota, o Ministério da Economia informou que a redução temporária está restrita à cota de 400 mil toneladas e que a decisão veio após proposta feita pelo Ministério da Agricultura ao colegiado.

Atualmente, incidem sobre os países fornecedores de fora do Mercosul as tarifas de 12% sobre o grão beneficiado e 10% sobre o produto em casca.

O movimento do governo brasileiro vem em meio a uma elevação recente de preços de alimentos básicos no País, incluindo o arroz, cuja cotação atingiu patamar recorde.

Além da demanda firme, o dólar forte frente ao real, que impulsiona exportações, é citado entre os fatores para o aumento de preços dos alimentos no País.

O arroz em casca no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, fechou a terça-feira (8) cotado em R$ 104,17 por saca de 50 kg, alta de 10,8% na variação mensal e mais que o dobro da média de R$ 45,15 registrada um ano antes, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar na semana passada que pediria “patriotismo” aos donos de supermercados para evitar aumentos de preços aos consumidores.

Em entrevista à CNN Brasil, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que sua pasta tem monitorado os estoques de produtos agrícolas.

“Nossa grande preocupação é que não faltem alimentos nos supermercados”, afirmou ela, ao citar mudanças na demanda devido a novos hábitos alimentares dos brasileiros durante a pandemia de coronavírus, com muitas pessoas ficando em casa após quarentenas decretadas por governos e prefeituras para reduzir a disseminação da doença.

A ministra garantiu que a próxima safra de arroz, que começa a ser plantada agora, ajudará a reduzir os problemas de oferta.

“Esse arroz ele começa a ser colhido em janeiro, em meados de janeiro ele já está sendo colhido, e nós teremos uma safra bem maior… ano que vem teremos um estoque bem maior de arroz”, afirmou. (Reuters)

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