Liberação de crédito rural para MG sobe 22%

Ao longo dos dez primeiros meses da safra 2021/22, os produtores rurais de Minas já contrataram R$ 28,94 bilhões em recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP). O valor supera em 22% os R$ 23,71 bilhões registrados em igual intervalo da safra passada. A maior demanda no Estado vem da linha de custeio, que já desembolsou R$ 15,25 bilhões e apresentou alta de 16%.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com o valor total de crédito já liberado, Minas Gerais vem respondendo por 12% do volume desembolsado para o Brasil, que já soma R$ 124 bilhões. No País, a demanda pelos recursos cresceu 21%.
No Estado, a maior parte da verba do PAP foi direcionada para a agricultura. Foram R$ 19,54 bilhões, representando uma elevação de 29% frente ao mesmo período produtivo anterior. Para a pecuária, a liberação de recursos cresceu 11% e totalizou R$ 9,4 bilhões.
No geral, os dados mostram queda de 6% no número de contratos aprovados no Estado. Ao todo, foram 181.013 solicitações liberadas, ante 193.494 liberações feitas nos dez primeiros meses da safra 2020/21. Na pecuária, houve retração de 15%, com 100.066 contratos aprovados. Já a agricultura encerrou o intervalo com alta de 6% no número de contratos, chegando a 80.947 unidades.
Entre julho de 2021 e abril de 2022, a maior demanda de crédito vinda dos produtores de Minas Gerais foi para o custeio da produção. Conforme os dados da Seapa, já foram liberados R$ 15,25 bilhões, variação positiva de 16%. A aprovação de contratos subiu 3%, com 80.906 liberações.
Para a agricultura, os desembolsos somaram R$ 9,21 bilhões, alta de 11%. Foram aprovados 42.011 contratos, volume 2% menor.
Dentre as culturas, a soja foi a que demandou maior volume de recursos em abril. Ao todo, foram R$ 360,29 milhões liberados para o custeio da produção de soja. Em seguida, veio o café, com R$ 260,22 milhões. Para o milho foram R$ 64,19 milhões, a cana-de-açúcar, R$ 22,19 milhões, e feijão, R$ 11,88 milhões.
Na pecuária, a busca por crédito de custeio cresceu 24%, chegando a um desembolso de R$ 6,04 bilhões. No período, a aprovação de contratos também ficou maior, em 9%, e somou 38.895 unidades aprovadas.
Em abril, dentre as atividades do setor, para bovinos foram liberados R$ 467,2 milhões. Para os suínos, foram R$ 29,21 milhões, e para a avicultura, R$ 15,08 milhões.
Cresce o investimento
No acumulado da safra 2021/22, os produtores rurais do Estado investiram mais na atividade. A demanda pela linha de crédito voltada para investimentos cresceu 15%, puxada pela agricultura. Foram liberados R$ 7,74 bilhões. A aprovação de contratos chegou a 97.915 unidades, retraindo 14%.
Na agricultura, houve uma expansão de 30% no volume de crédito liberado para investimentos. Foram R$ 4,96 bilhões desembolsados, sendo 37.079 contratos aprovados, variação positiva de 14%.
Já na pecuária foi verificada queda na demanda pela linha de investimentos, tanto em volume de contratos como no valor liberado. Foram R$ 2,78 bilhões, montante 5% menor. O número de contratos aprovados, 60.836, caiu 25%.
As contratações da linha de comercialização estão 51% maiores e já movimentaram R$ 4,6 bilhões. Foram 2.051 contratos aprovados, 43% a mais.
Para a comercialização dos produtos da agricultura, foram destinados R$ 4,29 bilhões, aumento de 68%. Já na pecuária, a demanda recuou 35%, com R$ 320 milhões.
Enquanto a aprovação dos contratos da agricultura, 1.748, subiu 66%, a da pecuária, 303, recuou 20%.
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