Agronegócio

Liberação de crédito rural sobe 10% em MG

Liberação de crédito rural sobe 10% em MG
Os desembolsos do PAP para a cultura de café em Minas chegaram a R$ 507,8 milhões - Crédito: Divulgação

Os desembolsos do crédito rural, para Minas Gerais, somaram R$ 4,57 bilhões nos primeiros dois meses do ano safra 2019/20. O montante liberado pelas instituições financeiras está 10% superior aos R$ 4,17 bilhões registrados em igual período da safra passada.

O volume de crédito destinado às atividades agrícola e pecuária do Estado responde por 12% do volume liberado para o Brasil. Os recursos são do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que destinará R$ 225,59 bilhões para o financiamento das atividades agrícola e pecuária em todo País na safra 2019/20.

Segundo os dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em julho e agosto foram aprovados 35,344 contratos no Estado, volume que ficou 6% menor que os 37.684 registrados nos primeiros dois meses da safra passada.

Dos R$ 4,57 bilhões liberados, a maior parte, R$ 3,03 bilhões, foi destinada à demanda da agricultura, valor que ficou apenas 1% maior que o registrado anteriormente. Para a atividade, a aprovação de contratos retraiu 5%, somando 13.976 operações.
Já para a pecuária foram destinados R$ 1,54 bilhão, alta de 34% frente aos R$ 1,15 bilhão liberados no mesmo período do ano passado. Foram aprovados 21.368 contratos, queda de 7%.

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Linhas – Dentre as linhas, a maior demanda foi para o custeio da safra. Em julho e agosto, foram liberados R$ 2,66 bilhões, alta de 15% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram liberados R$ 2,31 bilhões. A aprovação de contratos caiu 4%, somando 13.588.

Para o custeio da agricultura já foram desembolsados R$ 1,89 bilhão, aumento de 18% frente aos R$ 1,61 bilhão registrado entre julho e agosto de 2018. Foram aprovados 7.739 contratos, volume 2% inferior.

A cultura que demandou maior volume de recursos foi o café, R$ 507,8 milhões, seguido pela soja, R$ 264,44 milhões, milho, R$ 96,33 milhões, e cana-de-açúcar, com R$ 48,65 milhões.

Para a pecuária, o crédito da linha de custeio liberado no primeiro bimestre da safra foi de R$ 770 milhões, alta de 9% quando comparado com os R$ 710 milhões registrados entre julho e agosto de 2018. Para o setor, foram aprovadas 5.849 solicitações de crédito, volume 6% inferior.

No setor, a maior demanda pelo crédito da linha de custeio veio de bovinos (R$ 379,63 milhões), suínos (R$ 38,10 milhões) e avicultura (R$ 20,46 milhões).

Os valores de crédito liberados para a linha de comercialização ficaram menores, quando comparado com igual período do ano passado. De acordo com o levantamento, foram desembolsados R$ 890 milhões para a modalidade, redução de 19% sobre R$ 1,1 bilhão registrado em igual período de 2018. A aprovação de contratos da linha de comercialização caiu 18%, somando 703 liberações, ante 855 realizados anteriormente.

Para a agricultura foram liberados R$ 600 milhões, queda de 40%, com a aprovação de 533 contratos, volume 25% menor. Já na pecuária o crédito de comercialização cresceu 198%, com a liberação de R$ 100 milhões. A aprovação de contratos chegou a 170, número 14% maior.

Na linha de investimentos, a demanda por parte dos produtores rurais do Estado cresceu 19%, com a liberação de R$ 870 milhões, frente aos R$ 740 milhões observados anteriormente. A aprovação de contratos ficou 7% menor e encerrou o período em 21.016.

Para a linha de investimentos na agricultura, os desembolsos somaram R$ 420 milhões, 7% superior. Foram aprovados 5.690 contratos, queda de 7%. Para pecuária os recursos somaram R$ 450 milhões, alta de 31%. Os contratos aprovados para o setor, 15.326, caíram 8%.

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