Agronegócio

Liberação do crédito rural aumenta 27%

Liberação do crédito rural aumenta 27%
Crédito: MARCELO ANDRÉ

Os desembolsos do crédito rural para Minas Gerais já somam R$ 17,5 bilhões nos primeiros cinco meses da safra 2021/22, valor que está 27% superior aos R$ 13,76 bilhões registrados em igual período do ano-safra anterior. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a linha de custeio tem apresentado a maior demanda, com um montante já desembolsado de R$ 9,26 bilhões, aumento de 21%.

O valor total liberado para Minas Gerais representa 13% do desembolso nacional, que já está em R$ 135,12 bilhões, crescimento de 27%. Entre julho e novembro de 2021, foram aprovados 105.155 contratos para o Estado, volume 3% menor que o registrado no mesmo período da safra passada.

De acordo com a assessora técnica da Seapa, Amanda Bianchi, a boa perspectiva em relação à safra de grãos 2021/22 é um dos fatores que vem estimulando a maior tomada de crédito por parte do produtor rural em Minas Gerais.

“Estamos observando crescimento da demanda por crédito, principalmente, na linha de custeio. A projeção positiva para a safra de grãos e as boas expectativas de produção, com destaque para o milho e a soja, fizeram com que os produtores aumentassem o plantio, mesmo com a alta do dólar, que deixa os insumos mais caros. Os produtores estão vendo que está compensando produzir mais, mesmo com a margem um pouco mais baixa do que era esperado. A estimativa é que a demanda pelos recursos do crédito rural siga firme e sendo estimulada, em Minas, pela expectativa de colher 17 milhões de toneladas de grãos, cerca de 10% a mais que na safra passada”, explica Amanda.

Para a agricultura mineira, foram desembolsados R$ 12,19 bilhões nos primeiros cinco meses da safra atual, aumento de 30% frente aos R$ 9,36 bilhões registrados entre julho e novembro de 2020. O número de contratos aprovados somou 46.625, ficando 4% superior ao registrado anteriormente.

Para a pecuária, os desembolsos já somam R$ 5,32 bilhões e estão 21% maiores. A aprovação de contratos caiu 7%, somando 58.530 liberações.

Dentre as linhas do crédito rural, a maior demanda vem do custeio. Os desembolsos para o Estado contabilizam até o momento R$ 9,26 bilhões e estão 21% maiores que os R$ 7,65 bilhões registrados em igual período do ano-safra anterior. Ao todo, foram aprovados 46.920 contratos, aumento de 9%.

No caso da agricultura, foi verificada elevação de 15% na demanda pelos recursos da linha de custeio, impulsionando os desembolsos para R$ 6,1 bilhões. A aprovação de pedidos chegou a 26.705 contratos, 6% maior.

Somente em novembro, a cultura que demandou maior volume de crédito foi a do café, com um total de R$ 574,8 milhões. Já para a cultura do milho, o valor chegou a R$ 176,82 milhões, seguido pela soja, com R$ 91,96 milhões, feijão, R$ 28,54 milhões, e cana-de-açúcar, R$ 28,10 milhões.  

Na pecuária foi registrado aumento de 35% na busca pelos recursos da linha de custeio. Nos primeiros cinco meses da safra 2021/22, o setor foi responsável pela tomada de R$ 3,16 bilhões em recursos para custeio da produção. Foram aprovados 20.215 contratos, volume 13% maior.

Em novembro, a maior demanda veio da produção de bovinos, cujos desembolsos somaram R$ 581,7 milhões. Para suínos, foram liberados R$ 37,4 milhões. A avicultura ficou com R$ 16,25 milhões.

Investimentos em alta

Resultado positivo também foi verificado na linha de investimento. Ao todo, já foram desembolsados para o Estado R$ 4,69 bilhões, alta de 27% frente aos R$ 3,68 bilhões registrados anteriormente.

Do total, R$ 2,77 bilhões foram para investimentos na agricultura, valor 414% maior. Foram aprovados 18.879 contratos, redução de 1%.

A pecuária demandou R$ 1,92 bilhão da linha de investimento, quantia 12% maior que os R$ 1,72 bilhão liberados nos primeiros cinco meses da safra 2020/21. A aprovação de contratos caiu 15% e encerrou em 38.126 unidades.

Em Minas Gerais, ao longo dos primeiros cinco meses da safra 2021/22, a demanda pelos recursos da linha de comercialização apresentou elevação de 31%, frente ao mesmo período da safra passada. De julho a novembro, os desembolsos somaram R$ 2,59 bilhões.

Para a agricultura as liberações ficaram 38% maiores e alcançaram R$ 2,45 bilhões. Foram aprovados 956 contratos, variação positiva de 41%.

Na pecuária a demanda pelos recursos da linha de comercialização recuou 29% e encerrou o período em R$ 150 milhões. Já na liberação de contratos foi observada alta de 1%, somando 173 unidades aprovadas.

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