Liberações do crédito rural recuam 7% em Minas Gerais

Os primeiros sete meses da safra agropecuária 2024/25 vêm sendo marcados pela queda nos desembolsos do crédito rural em Minas Gerais. Conforme os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), as liberações somaram R$ 34,43 bilhões entre julho de 2024 e janeiro de 2025, ficando, então, 7% menores que os R$ 37,2 bilhões registrados em igual período do ano safra passado.
Assim como em Minas Gerais, no Brasil também houve retração. Ao todo, os recursos liberados chegaram a R$ 230,16 bilhões, uma queda de 18%. No período, o Estado respondeu por 15% do valor desembolsado para o Brasil.
Em Minas Gerais, a maior parte dos recursos foi aplicada na agricultura. Ao todo, a demanda de crédito para a atividade somou R$ 23,21 bilhões, queda de 11%. Para a pecuária, os desembolsos somaram R$ 11,22 bilhões, ficando, portanto, 2% maiores que em igual período da safra 2023/24.
Custeio
Ao longo da safra, a linha de custeio é a que demanda maior valor entre as linhas que compõem o crédito rural. Neste ano, a contratação de recursos registrou queda de 6% em Minas Gerais. Assim, o volume de recursos liberados ficou em R$ 20,48 bilhões. A aprovação de contratos retraiu 10%, encerrando, então, os primeiros sete meses da safra em 76.099 unidades aprovadas.
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Para o custeio da agricultura, as contratações dos produtores mineiros somaram R$ 12,58 bilhões. O valor caiu 11%, se comparado com os R$ 14,11 bilhões registrados anteriormente. Ao todo, os contratos aprovados somaram 41.943 unidades, resultando, então, em uma diminuição de 15%.
Entre os produtos agrícolas, a maior demanda pelos recursos do crédito para custeio em janeiro veio do café, R$ 221,74 milhões, seguido pela alho, R$ 38,57 milhões, milho, com R$ 36,31 milhões, e cana-de-açúcar, com R$ 26,42 milhões.
No mesmo período, a pecuária mineira demandou R$ 7,89 bilhões da linha de custeio, volume 4% maior. A aprovação de contratos caiu 2%, encerrando, assim, com a aprovação de 34.156 pedidos. Em janeiro, as liberações para a produção de bovinos chegaram a R$ 584,8 milhões, para suínos, R$ 14,5 milhões, e para avicultura R$ 17,18 milhões.
Demanda pelo crédito das linhas de comercialização e investimento também está menor
Assim como na linha de custeio, os produtores rurais de Minas Gerais também acessaram menos recursos para a comercialização da safra. Até o momento, o crédito liberado foi de R$ 4,57 bilhões, retraindo, então, em 14%. A aprovação de contratos somou 2.642 unidades, 20% a menos. Para a agricultura, o crédito da linha de comercialização alcançou R$ 4,5 bilhões em desembolsos, variação negativa de 13%. Para a pecuária, o montante liberado, R$ 50 milhões, ficou 65% menor.
Na linha de investimentos, as liberações também caíram. Conforme os dados da Seapa, nos primeiros sete meses da safra, os desembolsos retraíram 3%, com o valor de R$ 7,84 bilhões liberados. O número de contratos aprovados, 76.601, ficou 16% menor.
A agricultura demandou a maior parte do crédito para investimento. Os recursos somaram R$ 5,03 bilhões, resultado, assim, em um valor 4% inferior ao registrado anteriormente. No período, a aprovação de contratos caiu 5%, encerrando em 36.412 unidades aprovadas. Na pecuária, a busca pelos recursos de investimentos caiu 1%, com a liberação de R$ 2,81 bilhões em crédito. A aprovação de contratos, 40.189 unidades, ficou 25% inferior.
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