Agronegócio

Maioria das frutas e hortaliças ficou mais barata em Minas

Em junho, houve queda em seis dos 10 produtos pesquisados na Ceasa Minas; mamão liderou baixa com preço quase 35% menor, seguido pela alface, com retração de 26,79%
Maioria das frutas e hortaliças ficou mais barata em Minas
Mamão teve queda de preço de 34,58% na Ceasa Minas | Crédito: Diário do Comércio Alessandro-Carvalho

Ao longo de junho, com a queda no consumo e entrada de produtos no período de safra, os preços das hortaliças e frutas, em sua maioria, recuaram em Minas Gerais. Dentre os destaques nas quedas de preços estão o mamão, cujo valor caiu quase 35%, seguido pela alface, com retração de 26,79%. No sentido contrário, devido às ofertas limitadas, houve reajuste de 16,15% na batata e de 17,85% no valor do tomate.

Conforme o 7° Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) 2024, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Estado, foi verificada queda em seis dos 10 produtos pesquisados na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte.

A maior queda foi na cotação do mamão, 34,58% na comparação de junho com maio. Assim, o quilo da fruta chegou a R$ 3,45. Conforme a Conab, houve aumento da oferta de ambas as variedades da fruta em um período de queda da demanda em função das temperaturas mais amenas e das férias escolares. Na Ceasa Minas, por exemplo, a oferta subiu 12%.

No caso da melancia, os preços recuaram 20,95%, assim, o valor média de junho ficou em R$ 2,36. Destaque também para o preço da alface, R$ 7,31 o quilo. O valor da hortaliça caiu 26,79% em junho, se comparado com maio. A retração ficou acima da média nacional, que apresentou queda de 26,03%.

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“A queda é a segunda consecutiva. A temperatura mais amena e o clima mais seco, geralmente, há menor demanda por alface. A qualidade do produto se manteve boa ao longo de junho, mas a diminuição natural da demanda foi o fator de diminuição dos preços”, explicou a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres.

Outra importante redução aconteceu no valor da cenoura. Em junho, o quilo da cenoura, R$ 4,18, ficou 21,89% mais barato. A queda de preços da hortaliça se deve ao período de safra em várias regiões do País, o que, conforme a Conab, gerou uma constância dos envios aos mercados de todas as regiões produtoras e não só a partir de Minas Gerais, maior abastecedor nacional.

A maior oferta no mercado também foi importante para a redução do preço da cebola. Ao longo de junho, a cotação, na Ceasa Minas, ficou em média a R$ 4,97, representando, portanto, uma diminuição de 19,2% frente a maio.

“A cebola, em junho, continuou com a tendência decrescente de preços. A maior queda foi na Ceasa de Belo Horizonte. Apesar de apresentar uma leve queda da oferta em junho, os preços se mantiveram em redução devido aos estoques maiores nos atacadistas”.

Também houve redução no preço da laranja, com retração de 1,89%, e o quilo negociado a R$ 3,06.

Altas

Apesar da queda de preços na maior parte das frutas e hortaliças pesquisada na Ceasa Minas, alguns produtos tiveram altas expressivas ao longo de junho. Este foi o caso, por exemplo, da batata. O preço do quilo da hortaliça subiu 16,15% em junho, frente a maio, chegando, então, a R$ 4,97.

“Em junho, a oferta da batata foi menor e esse foi o principal motivo para a alta. O abastecimento é realizado para a safra da seca, que ainda não conseguiu entrar em volume suficiente para que o valor caia. Já no início de julho, em Belo Horizonte, os preços caíram 6,6%”, explicou Juliana Torres.

O tomate também ficou mais caro em junho. Conforme os dados da Conab, o preço médio, na Ceasa Minas, foi reajustado em 17,58%. Assim, o quilo chegou a R$ 4,47. “Em junho a oferta do tomate apresentou decréscimo, o que elevou os preços. Já nos primeiros dias de julho, vimos um movimento de queda em Belo Horizonte, que chegou a 50%”, continuou a gerente.

Conforme a Conab, a queda vista nesse início de julho se deve ao maior volume de tomate da safra de inverno nos mercados.

Entre as frutas, ficaram mais caras a banana, com alta de 1,65% e o quilo negociado a R$ 2,78; e a maça, cujo valor, R$ 8,68 por quilo, aumentou 4,06%.

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