Café Sophia agrega valor com premiação nacional
Investir na produção de cafés especiais tem sido o objetivo de muitos cafeicultores para agregar valor à produção. Quando este trabalho é reconhecido, a agregação de valor e o acesso a mercados mais nobres são ampliados. Exemplo disso, é o Café Sophia, que foi classificado como o melhor café do Brasil pelo concurso Coffee of the Year (COY).
A produção do Café Sophia – que é familiar – é feita na cidade de Alto Jequitibá, na Serra do Caparaó, em Minas Gerais. Fruto do trabalho dos produtores Larissa Sodré de Paula e Lucas José dos Reis, o café recebeu o nome da filha deles, Sophia.
De acordo com os dados do concurso Coffee of the Year (COY), o melhor café do Brasil, em 2022, é natural, da variedade catucaí 785/15 vermelho. A bebida tem notas sensoriais predominantes de mel e chocolate ao leite e corpo licoroso.
Após a conquista do prêmio, realizado durante a Semana Internacional do Café, a demanda pelos grãos especiais já está elevada e a família espera comercializar a safra 2023 a preços ainda melhores.
“Após muito trabalho e capacitação, nosso esforço deu certo e estamos colhendo os resultados positivos. Com o reconhecimento da qualidade superior do nosso café, esperamos que o mercado valorize ainda mais nosso produto. Antes do concurso, já tínhamos compradores diretos, já vendíamos para cafeterias. Desde que ganhamos, já apareceram novos parceiros”, explicou Larissa.
Ainda segundo a produtora, mesmo antes do certame, os preços do café já eram superiores aos de mercado e a expectativa é valorizar ainda mais.
“Nosso café já era vendido a preços acima do mercado e com a conquista esperamos agregar muito mais. Participar dos concursos é importante para mostrar a qualidade do café e do nosso trabalho”.
Larissa sempre esteve envolvida na produção de café. Junto com a mãe e a irmã, em 2015, começaram a investir nos grãos especiais. Logo depois, a família passou a trabalhar em conjunto com a família de Lucas. Em 2017, Larissa e Lucas iniciaram a produção do próprio café.
“Continuamos a trabalhar em família, mas também passamos a ter o nosso próprio café. Em 2020, criamos a marca Café Sophia, em homenagem a minha filha que já nasceu no meio do café especial. Trabalhamos com microletes e fazemos a seleção dos melhores grãos”.
Ainda segundo Larissa, para que o trabalho desse certo e a produção realmente fosse especial, foi necessário investir em capacitações diversas.
“Fizemos muitos cursos do Senar, cursos de prova de café especiais, beneficiamento, cursos de barista. Tudo isso foi importante e ajuda na hora da seleção dos melhores cafés”.
Para 2023, as estimativas são positivas. “Estamos confiantes em relação à nova safra. Ao longo do ano, não tivemos problemas com granizo como em outros lugares. As chuvas estão ajudando no desenvolvimento do café, esperamos ter uma safra muito boa e continuar participando dos concursos”, explicou.
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