Mercado do boi gordo fecha junho com preços em elevação, diz Safras

O mercado físico de boi gordo teve preços acentuadamente mais altos ao longo de junho. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados ficou restrita diante da transição da safra para a entressafra. Como resultado, os frigoríficos encontraram dificuldade para compor suas escalas de abate. 

“Não há indícios de mudanças do perfil de oferta no curto prazo, uma vez que a expectativa delimitada para o período de transição da safra para a entressafra do boi gordo é exatamente de oferta enxuta”, disse Iglesias. 

A demanda por animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês seguiu aquecida, com esse tipo de animal carregando ágio de até R$ 30 na comparação com animais destinados ao consumo doméstico.

Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 30 de junho:  São Paulo (Capital), R$ 330 ante R$ 300 na comparação com o dia 2, subindo 10%; Minas Gerais (Uberaba) – R$ 320 a arroba, contra R$ 280 (+14,3%); Goiás (Goiânia) – R$ 305 a arroba, contra R$ 270,00 (+12,96%); Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 300 a arroba, contra R$ 270 (+11,1%); e Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 295 a arroba, ante R$ 275, alta de 7,3%.

Embarques 

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 670,248 milhões em junho até a terceira semana (12 dias úteis), com média diária de US$ 55,854 milhões. A quantidade total exportada pelo País chegou a 97,944 mil toneladas, com média diária de 8,162 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 6.843,20.

Em relação a junho de 2021, houve ganho de 61,3% no valor médio diário da exportação, aumento de 22,2% na quantidade média diária exportada e valorização de 32,1% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.