Agronegócio

Mais de 30 mercados já colocaram restrições a frango do Brasil por gripe aviária

As restrições colocadas podem ser nacionais ou localizadas, apenas para a carne de frango do Estado gaúcho ou do município de Montenegro (RS), foco da gripe aviária
Mais de 30 mercados já colocaram restrições a frango do Brasil por gripe aviária
Foto: Jonas Oliveria

Mais de 30 destinos comerciais já impuseram algum tipo de suspensão temporária a importações de carne de frango vindas do Brasil após a confirmação de um foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, segundo comunicado do Ministério da Agricultura nesta quarta-feira.

As restrições colocadas podem ser nacionais ou localizadas, apenas para a carne de frango do Estado gaúcho ou do município de Montenegro (RS), foco da gripe aviária.

De acordo com a pasta, suspenderam totalmente o produto vindo do Brasil os seguintes mercados:

  • China;
  • União Europeia;
  • México;
  • Iraque;
  • Coreia do Sul;
  • Chile;
  • África do Sul;
  • União Euroasiática;
  • Peru;
  • Canadá;
  • República Dominicana;
  • Uruguai;
  • Malásia;
  • Argentina;
  • Timor-Leste;
  • Marrocos;
  • Bolívia;
  • Sri Lanka;
  • Paquistão;
  • Filipinas;
  • Jordânia.

Já um grupo de nove países tem suspensão válida apenas para a carne do Rio Grande do Sul:

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  • Reino Unido;
  • Bahrein;
  • Cuba;
  • Macedônia;
  • Montenegro;
  • Cazaquistão;
  • Bósnia;
  • Herzegovina;
  • Tajiquistão;
  • Ucrânia.

Japão e Arábia Saudita, por sua vez, suspenderam as importações do produto de Montenegro (RS).

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, respondendo por quase 40% dos embarques globais.

Na véspera, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que países como a China não aceitarão cargas de carne de frango do Brasil que já estavam em navios, a caminho do destino, em meio à confirmação do primeiro surto de gripe aviária em granja comercial no Brasil.

A detecção do surto, anunciada na segunda-feira, coloca as empresas de processamento de carne, incluindo BRF e JBS, em uma situação difícil, pois lidam com custos logísticos adicionais e incertezas relacionadas à extensão dos embargos comerciais em andamento, desencadeados pela emergência sanitária.

O ministério disse nesta quarta-feira que permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores, “prestando, de forma ágil e transparente, todas as informações técnicas necessárias sobre o caso”.

“As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível”.

Reportagem distribuída pela Reuters

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