Minas Gerais concentra a maior parte dos casos suspeitos de gripe aviária no País; veja as cidades

Minas Gerais concentra oito dos 12 casos suspeitos de gripe aviária atualmente em investigação no Brasil. As informações são da mais recente atualização da Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), divulgada às 19h deste domingo (1º).

Do total de suspeitas, oito envolvem aves de subsistência localizadas nos municípios mineiros de:

• Bom Despacho,
• Divinópolis,
• Lagoa da Prata,
• Mateus Leme,
• Novo Cruzeiro
• e Ribeirão das Neves.

Há também investigações em aves de subsistência em Quixeramobim, no Ceará, e Itajuípe, na Bahia. Quanto à investigação em aves silvestres, duas estão localizadas em território mineiro, sendo elas em Belo Horizonte e Santo Antônio do Monte. A terceira suspeita nesse tipo de ave ocorre em Brasília (DF).

Apenas uma suspeita envolve uma planta comercial no País, localizada em uma granja de Anta Gorda (RS).

Casos em Minas envolvem aves de subsistência e silvestres

Em Minas Gerais, todas as investigações de gripe aviária em curso envolvem aves de subsistência ou silvestres. Em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde um caso já havia sido confirmado na semana passada, uma nova suspeita recai sobre uma galinha doméstica. Situação semelhante ocorre em Ribeirão das Neves, também na Grande BH.

Outros municípios mineiros com investigações de gripe aviária em galinhas domésticas são Lagoa da Prata, Bom Despacho, Divinópolis e Novo Cruzeiro. Em Santo Antônio do Monte, a análise é sobre um pombo — mesma situação registrada em Belo Horizonte, onde o caso segue em avaliação desde a última sexta-feira (30). Já a suspeita em Igarapé foi descartada na semana passada. A ave em questão era uma galinha doméstica.

Após a escalada de casos em investigação no Estado, o governo de Minas destacou que “tem intensificado esforços para impedir a disseminação da Influenza Aviária no território mineiro. Entre as principais medidas adotadas estão ações de prevenção, rastreamento, controle sanitário e articulação direta com o Mapa”. Em nota, o governo também ressaltou que “até o momento, não há qualquer comprometimento da produção avícola do estado”.

País soma mais de 2.500 investigações desde 2023

As investigações de gripe aviária são corriqueiras no sistema de defesa agropecuária nacional, já que a notificação é obrigatória. A influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é uma doença de notificação obrigatória imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal do País.

Produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de animais devem notificar imediatamente os casos suspeitos da doença ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). O Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência em ave silvestre, segundo o Ministério da Agricultura.

Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária em granja comercial no País, em um matrizeiro de aves em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

No total, o País já registrou 166 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 162 em aves silvestres e quatro em leões-marinhos), três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e um em produção comercial, somando 170 ao todo no País.

(Com informações Agência Estado )