Agronegócio

Minas Gerais lidera demanda por crédito digital no agronegócio

Já o Sul do Brasil foi o grande destaque entre as regiões, com aproximadamente 30% da demanda
Minas Gerais lidera demanda por crédito digital no agronegócio
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O estado de Minas Gerais lidera o ranking de solicitações de crédito digital voltado ao agronegócio, com 24,1% das operações. Já entre as regiões, o destaque fica para o Sul do Brasil, com cerca de 30% das solicitações por financiamento para a produção rural. É o que aponta a pesquisa realizada pela fintech mineira Nagro Crédito Agro.

O estudo demonstra que o agronegócio brasileiro está cada vez mais conectado e tecnológico, e que o crédito digital tem desempenhado um papel crucial nessa transformação.

Minas concentra mais que o dobro das solicitações apresentadas pelo segundo colocado, o Rio Grande do Sul, com 11,7% da demanda total. Em seguida aparecem Santa Catarina (9,1%) e Paraná (9%). A presença dos três estados sulistas no topo da lista ajuda a explicar o desempenho observado no Sul, além de refletir a expressiva presença da pecuária na região.

Já os estados da região Centro-Oeste do País, conhecidos pela expressiva produção agropecuária, registraram apenas 21% dos pedidos de empréstimos no Brasil. Isso reflete uma menor adesão ao crédito digital. O destaque da região foi Goiás, que ocupa a quinta posição no ranking nacional com 7,8% da demanda total.

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Para o CEO e cofundador da Nagro, Gustavo Alves, esse cenário reflete o perfil mais conservador dos produtores da região.

“Eles demonstram maior resistência à adoção de soluções digitais de crédito em comparação com os produtores dos estados do Sul, onde a adesão é mais expressiva”, comenta.

Jovem no agro.
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A força do agronegócio na economia

O estudo foi realizado entre os anos de 2022 e 2024 com base em dados de mais de 79 mil produtores rurais que solicitaram empréstimo à Nagro, mas que não necessariamente tomaram crédito com a empresa. Entre os principais objetivos das solicitações estavam:

  • expansão da produção e equipamentos;
  • melhoria da armazenagem;
  • adoção de inovações tecnológicas.

Os dados obtidos com essa pesquisa evidenciam a força do agronegócio como motor da economia brasileira, impulsionado por crescentes investimentos e políticas públicas.

Vale lembrar que o Governo Federal tem intensificado o apoio ao setor, oferecendo linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas voltadas para médios e grandes produtores. No último ano, o Plano Safra destinou R$ 400,59 bilhões para financiamentos, um aumento de 10% em relação a 2023.

Alves destaca a importância das parcerias e inovações para o agronegócio, que vem se tornando cada vez mais tecnológico e sustentável. Ele aponta para algumas oportunidades geradas por meio do apoio de fintechs, como a Nagro, e das iniciativas governamentais voltadas para os produtores.

“Produtores rurais em todo o Brasil têm encontrado cada vez mais oportunidades para expandir suas atividades, adotar tecnologias avançadas e ampliar a produção, gerando impactos positivos em toda a cadeia produtiva, incluindo o compromisso com práticas sustentáveis para equilibrar desenvolvimento econômico com a preservação ambiental”, conclui.

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