Minas Gerais segue como o maior mercado consumidor de fertilizantes especiais no Brasil
Mesmo com uma redução de 1,1 ponto percentual (p.p.), Minas Gerais segue como o maior mercado consumidor de fertilizantes especiais no Brasil. Estudo feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) aponta que, em 2024, o Estado respondia por 18,2% da demanda por este tipo de produto no País, abaixo do registrado no ano anterior (19,3%).
Para o conselheiro da entidade Giuliano Pauli, existem diversos fatores que podem explicar o motivo de Minas permanecer na liderança ao longo dos últimos anos. Um dos pontos relevantes destacados por ele é a estrutura equilibrada dos cultivos presentes na região, uma vez que o Estado reúne as culturas com maior aceitação para o consumo de fertilizantes especiais, como é o caso da soja, milho, café e cana-de- açúcar.
Outro destaque, segundo ele, está na proximidade de indústrias e fontes produtoras de materiais para produção, principalmente, de fertilizantes orgânicos e minerais.
Na visão de Pauli, a tecnificação da agricultura mineira pode ser considerada a “cereja do bolo” para explicar a participação de Minas Gerais no mercado. “Nós vemos que existe uma tendência de quanto mais ‘tecnificado’ é o agricultor, maior será o uso de fertilizantes especiais em detrimento a outros tipos de tecnologia que não são tão relevantes em termos de adição tecnológica”, diz.
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Os fertilizantes especiais são produtos que apresentam na sua formulação alguma característica adicional que os diferenciam dos fertilizantes convencionais, promovendo melhor desempenho.
A taxa de participação de Minas é 1,5 p.p. acima do segundo colocado, São Paulo, com 16,7% do consumo. Outro destaque foi o Mato Grosso, representando 13,6% da demanda por fertilizantes no mercado nacional. O levantamento ainda aponta que nove estados respondem por 87% do consumo no Brasil.
Ranking dos principais estados consumidores de fertilizantes especiais no Brasil:
- Minas Gerais (18,2%);
- São Paulo (16,7%);
- Mato Grosso (13,6%);
- Goiás (9,3%);
- Paraná (9,1%);
- Bahia (5,5%);
- Mato Grosso do Sul (5,4%);
- Rio Grande do Sul (5,2%);
- Espírito Santo (4,1%);
- Maranhão (1,9%).
Minas Gerais possui o terceiro maior número de empresas de fertilizantes
Além de um importante consumidor de fertilizantes especiais, Minas também se destaca na análise sobre produção. De acordo com o levantamento feito pela Abisolo, o Estado possui 129 empresas atuando na produção e importação de fertilizantes, o que representa 13% do total de companhias em atuação no País (872).
Outro ponto positivo está na localização do Estado, próximo de alguns dos principais portos do Brasil. O dirigente explica que o segmento de fertilizantes granulados é muito influenciado por fatores envolvendo a logística, portanto, essa proximidade é algo considerado como muito importante.
“As indústrias que estão sediadas em Minas possuem um papel de destaque no cenário nacional. Então, além de Minas ter uma agricultura pujante, o Estado também tem uma localização bastante interessante para ser um polo de distribuição para outras regiões agrícolas que estão crescendo no Brasil”, destaca.
O mercado mineiro ocupa a terceira posição no ranking de empresas sediadas por estado, ficando atrás de São Paulo e do Paraná, com 345 e 131 empresas, respectivamente. Dessa forma, o mercado paulista responde por 34,7% do total no Brasil e o paranaense reúne 13,2% das companhias em operação no setor.
O anuário também demonstra que quatro estados brasileiros concentram 70% das indústrias e dos importadores presentes no mercado nacional. Além disso, pouco mais da metade (50,6%) das empresas estão sediadas na região Sudeste do Brasil, enquanto a região Sul é a sede de 28% dessas companhias. Em seguida aparecem: Centro-Oeste (13,6%), Nordeste (7,3%) e Norte (0,6%).
Estados com maior número de empresas de fertilizantes no Brasil:
- São Paulo – 345 empresas;
- Paraná – 131 empresas;
- Minas Gerais – 129 empresas;
- Rio Grande do Sul – 89 empresas;
- Santa Catarina – 58 empresas;
- Goiás – 53 empresas;
- Mato Grosso – 52 empresas;
- Bahia – 32 empresas;
- Espírito Santo – 21 empresas;
- Mato Grosso do Sul – 18 empresas.
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