Minas Gerais tem reforço contra greening

Os produtores de frutas precisam ficar atentos às doenças que atacam os pomares. Ações de combate ao greening foram intensificadas em várias regiões do Estado pela Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). Na próxima quarta-feira (5), começa uma série de capacitações para os técnicos da empresa sobre prevenção e controle daquela que é considerada a mais grave doença que afeta a citricultura.
O primeiro encontro será em Lavras, no Sul de Minas, com a presença de cerca de 15 técnicos da Emater-MG. As capacitações também ocorrerão em outras importantes regiões produtoras de citros: Triângulo Mineiro, no dia 13, além da Zona da Mata e Campo das Vertentes, em agosto. Também está previsto um segundo treinamento no Sul para os técnicos que atuam nos municípios próximos a Alfenas e Pouso Alegre.
O coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio, explica que as capacitações para o controle do greening fazem parte da estratégia da Secretaria de Estado de Agricultura (Seapa) para o combate à doença em Minas Gerais. “Esta capacitação é para que nossos técnicos tenham ciência da gravidade da doença e repassem as informações para os produtores. A essência do treinamento é sobre as ações para evitar a entrada do greening nos municípios. E nos locais onde a doença já esteja presente, quais devem ser os procedimentos. Entre eles, deve-se eliminar a planta contaminada, enviar amostras para um laboratório com acompanhamento de órgãos de defesa vegetal”, explica Sanábio.
Além do coordenador de Fruticultura da Emater-MG, o treinamento contará com a participação de especialistas do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Universidade Federal de Lavras (Ufla).
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Greening

Ainda não existe cura para o greening. Nas plantas contaminadas pela bactéria que causa a doença, ocorrem deformação, maturação irregular, queda das frutas e morte das plantas. Ele é de difícil controle, pois é disseminado por um inseto que contamina as plantas com a bactéria ao sugar a seiva.
A doença apareceu no País em 2004. Em Minas Gerais, surgiu primeiro nas regiões Sul e Triângulo Mineiro, que fazem divisa com São Paulo. No decorrer dos anos, a incidência do greening vem aumentando em número de municípios e avançando para outras regiões do Estado.
“A ação da bactéria é mais drástica na tangerina. Mas também prejudica lavouras de limão e laranja. O fruto fica deformado, sem semente, com menor teor de suco. O consumidor não quer este tipo de fruto. Além disso, a planta vai definhando até morrer. Com a queda de produção, o agricultor começa a ter problemas financeiros”, alerta o coordenador da Emater-MG.
Entre as medidas de controle estão uso de mudas sadias e de viveiros certificados, eliminação das plantas com os sintomas da doença e daquelas que estão próximas a elas, além do controle do inseto que transmite a doença.
“Mais pulverização para o controle do inseto requer recurso. Isso afeta diretamente o custo de produção. Pode até inviabilizar a atividade. Por isso, é importante ter conhecimento das características da doença e de como evitá-la”, finalizou Sanábio. (Emater-MG)
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