Minas recebe 700 notificações de casos suspeitos de influenza aviária por ano; entenda o protocolo

Em Minas Gerais, por ano, são recebidas 700 notificações de casos suspeitos de Influenza Aviária (IA). Segundo a diretora-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Luiza Castro, as notificações de suspeitas mostram que o sistema de vigilância está funcionando, principalmente, em casos de aves de vida livre, como no sítio em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde a IA foi confirmada no Estado, que são de identificação mais difícil.
“Então, quando a gente recebe uma notificação desse tipo, por parte do Estado, nos dá a segurança de que o nosso sistema de vigilância e de controle de doenças está em pleno funcionamento”, aponta a diretora-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Luiza Castro.
A diretora explica que a entidade foi notificada da suspeita de gripe aviária na semana passada. O material foi recolhimento no sítio de Mateus Leme e a testagem confirmou o caso de influenza aviária.
“Esse caso específico ocorreu em aves de vida livre em uma propriedade que é rota de aves migratórias. É um tipo de contaminação esperado dada a questão da circulação viral. É muito importante deixar claro que não é de produção comercial e, isso, não impacta na avicultura comercial”, detalha, reforçando que, como o foco foi identificado em uma propriedade conservacional, não haverá expansão dos bloqueios comerciais ao Estado.
Passo a passo após a notificação da influenza aviária em Minas
A partir da notificação e da confirmação do caso, segundo a diretora do IMA, são adotadas medidas para evitar a disseminação do vírus a partir da propriedade. “A nossa maior questão, o que a gente tem que cuidar, principalmente, é que essa circulação viral não chegue nas aves comerciais. Essa já é a rotina da defesa agropecuária, é o que fazemos desde sempre, que é o rastreio, a vigilância e a garantia de que a situação viral não vai impactar na produção avícola de Minas Gerais”.
Luiza também destacou que o decreto de Situação de Emergência Sanitária Animal no Estado é necessário para que os órgãos responsáveis realizem todas as ações de prevenção, contenção e enfrentamento à doença, incluindo, por exemplo, mobilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros.
“As ações agora continuam voltadas para a prevenção. Não adianta querer controlar um vírus transmitido por aves de vida livre. Nossa ação é proteger as nossas granjas para que o vírus não entre. Vamos reforçar a fiscalização para que todas as granjas estejam com as telas intactas. São telas de uma polegada justamente para impedir a entrada de passarinhos no galpão. As cercas também precisam estar intactas para evitar a entrada de animais domésticos. Os veículos devem ser desinfetados para entrar nos galpões”. Com o reforço nas medidas de educação sanitária, a expectativa é de ampliação do número de notificações, o que mostra que o sistema está funcionando e que as pessoas ficam mais atentas.
A representante do IMA explica ainda que as medidas para proteger as granjas não são novas e são adotadas desde 2007, conforme orientação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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