“Modos de Fazer do Queijo Minas Artesanal” querem ser Patrimônio Imaterial da Humanidade

Uma campanha do governo de Minas Gerais já está defendendo o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade para os “Modos de Fazer do Queijo Minas Artesanal”. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) lançou ontem (17) a campanha internacional por esse título.
A defesa será levada por uma comitiva estadual à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) durante o evento do comitê intergovernamental programado para o período de 27 de novembro a 2 de dezembro, no Marrocos. Também integram a delegação mineira representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O modo de fazer do queijo artesanal foi reconhecido primeiramente na região do Serro, em 2002, pelo Iepha, sendo o primeiro bem cultural a ser registrado como patrimônio imaterial no Brasil. Em 2008, o “Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal” foi reconhecido nacionalmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), contemplando as regiões do Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba.
De acordo com a Lei Estadual nº 23.157 de 18/12/2018, é considerado “Queijo Minas Artesanal o queijo confeccionado conforme a tradição histórica e cultural da região do Estado onde for produzido, a partir do leite integral de vaca fresco e cru, retirado e beneficiado na propriedade de origem, que apresente consistência firme, cor e sabor próprios, massa uniforme, isenta de corantes e conservantes, com ou sem olhaduras mecânicas”.
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Diversidade de sabores
Minas Gerais possui dez principais regiões onde o queijo minas artesanal é produzido e cada uma delas detém um modo de fazer singular. Isso garante não só uma diversidade de sabores, cores e texturas, mas uma ampla riqueza de práticas e conhecimentos que são transmitidos por gerações desde o período colonial.
Não é à toa que o queijo mineiro vem chamando atenção do mundo e conquistando medalhas no concurso internacional Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado na França, considerado a “Copa do Mundo dos Queijos”. Em 2021, por exemplo, somente os queijos mineiros conquistaram 40 medalhas. O Brasil abocanhou um total de 57 medalhas. O reconhecimento reforça a qualidade da produção mineira, que poderá ganhar ainda mais visibilidade se o Modo de Fazer do QMA for Patrimônio Imaterial da Humanidade.
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