Agronegócio

Museu da Extensão Rural será inaugurado em Belo Horizonte

O museu, idealizado pela Emater-MG, reúne amplo acervo que conta a história da extensão rural de Minas e do Brasil
Museu da Extensão Rural será inaugurado em Belo Horizonte
Jeep Willys 1951 foi o primeiro veículo que levou extensionistas para rincões de Minas Gerais | Crédito: Alexandre Souza/Emater-MG

Será inaugurado, hoje, 6 de outubro, o Museu Mineiro da Extensão Rural Alysson Paolinelli. O equipamento cultural fica na sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em Belo Horizonte. O museu reúne um acervo amplo que conta a história da extensão rural de Minas e do Brasil.

O  museu foi planejado e funcionará através da parceria entre a Emater e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Assim, as visitas serão guiadas por estagiários da museologia da universidade.

No espaço de memória, que é aberto ao público, estão reunidos objetos, documentação, fotos, vídeos e veículos que contam a história do desenvolvimento do meio rural em Minas.

O diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, destaca a importância do Estado ter um museu que conta a história da extensão rural: “Lançar o Museu Mineiro da Extensão Rural é a realização de um sonho. Tínhamos na  Emater-MG o Projeto Memória, onde a gente já registrava várias etapas dessa história, da extensão rural, de 75 anos, que se completam em 2023. Então, aproveitamos a oportunidade desse aniversário para transformar o Projeto Memória no museu”.

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Extensão rural nasceu em Minas

Ainda conforme Maia, a extensão rural começou, no Brasil, em 1948. “Temos aqui um registro de toda a extensão rural do País. Então, estamos trazendo, realmente, desde o início dos trabalhos de apoio às famílias rurais, que veio em 1948 com a Associação de Crédito Rural (Acar-MG), e, em 1975, se transformou na Emater”. 

No museu, os visitantes poderão apreciar a história do Clube 4S, de como era um escritório local da Emater, assim como conhecer equipamentos utilizados na agricultura e na pecuária. No espaço, também poderá ser observada um pouco da visão de futuro e como a extensão rural poderá apoiar o setor agropecuário.

“É importante ter esse registro, ter essa história eternizada e levar isso também para conscientização. Nosso sonho é ter os alunos da rede pública de ensino vindo nos visitar e conhecendo um pouco mais dessa história. A gente sabe que há uma desconexão dos alunos com o meio rural. Então, trazer para esse ambiente é muito importante”, explicou Maia. 

Conforme o presidente da Emater-MG, um dos destaques do espaço de memória é o Jeep Willys 1951. O veículo foi o primeiro a ser utilizado pelos profissionais da Acar-MG para atender os produtores rurais que residiam em locais de difícil acesso.

“Indiscutivelmente, a grande peça do museu é o Jeep Willys 1951, que foi o primeiro veículo que levou os extensionistas para o campo no Brasil. Ele reflete a história da assistência, que começou com o apoio ao crédito rural e à assistência técnica. Então, ele foi o primeiro veículo que foi para os rincões do nosso Estado de Minas Gerais”. 

Museu reúne objetos, documentos, fotos, vídeos que contam a história do meio rural mineiro | Crédito: Alexandre Souza/Emater-MG

Homenagem a Alysson Paolinelli

Desde que foi idealizado, o Museu Mineiro da Extensão Rural recebeu apoio do mineiro e ministro Alysson Paolinelli. Com o falecimento dele, em junho deste ano, a Emater decidiu nomear o museu em homenagem ao pai da agricultura moderna brasileira.

“É importante  destacar a homenagem ao ministro Alysson Paolinelli, que, infelizmente, nos deixou esse ano. A gente já estava com um projeto em curso e ele era um dos incentivadores e apoiadores. Com a homenagem, queremos, assim, eternizar esse legado que ele deixou e que transformou o Brasil. Com ele, o País que antes era importador de alimentos na década de 1970 passou a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo e exportador. Grande parte da população mundial, hoje, é alimentada devido à produção agropecuária no nosso Estado, ao legado que o ministro Alysson Paolinelli nos deixou”.

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