Desembolsos do crédito rural cresceram 13% em Minas Gerais na safra 2023/24

Fim do ciclo da safra anual no País. Ao longo dos 12 meses da safra 2023/24, os produtores rurais de Minas Gerais demandaram mais recursos do Plano Safra. O montante do desembolso do crédito rural do Plano Safra 2023/24 alcançou a marca de R$ 51,03 bilhões entre julho de 2023 e junho de 2024. No fechamento do ciclo, esse valor representou um aumento de 13% em comparação à safra anterior.
Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) do total de R$ 51,03 bilhões desembolsados, a maior parte – R$ 29,11 bilhões – foi destinada aos financiamentos de custeio. Outros R$ 11,96 bilhões foram aplicados em investimentos; R$ 7,45 bilhões foram utilizados em operações de comercialização, além de R$ 2,51 bilhões em operações de industrialização.
Ao longo do ano safra 2023/24, houve a aprovação de 260.553 contratos de produtores mineiros, volume que cresceu 12% frente ao ano safra anterior.
Em Minas, a atividade agrícola é a que demanda o maior valor de recursos. Entre julho de 2023 e junho de 2024, os desembolsos para agricultura somaram R$ 34,58 bilhões, representando, portanto, crescimento de 12% frente aos R$ 30,89 bilhões liberados na safra 2022/23. A aprovação de contratos para a agricultura – 120.247 – cresceu 8%.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Para a pecuária, os recursos aprovados chegaram a R$ 16,45 bilhões, aumento de 12% na demanda. Ao todo, as aprovações somaram 140.306 contratos, com alta de 13%.
Maior parte do crédito rural vai para o custeio da produção
Dentre as linhas, os produtores mineiros buscaram mais pela de custeio, que tem o objetivo de cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos. Somente para esta linha, foram R$ 29,11 bilhões aprovados nos 12 meses do Plano Safra, aumento de 8% se comparado com os R$ 26,98 bilhões registrados anteriormente. A aprovação de contratos – 124.516 – subiu 9%
Para o custeio da agricultura, os produtores tomaram R$ 17,638 bilhões em crédito, alta de 7%. A aprovação de contratos cresceu 5% , encerrando o período com 60.670 liberações.
Considerando apenas as de junho, último mês do Plano Safra 2023/24, as culturas que mais buscaram pelos recursos de custeio foram a soja, com um valor aprovado de R$ 198,67 milhões, seguida pelo café, R$ 171 milhões; milho, R$ 30,63 milhões, e cana-de-açúcar, R$ 12,87 milhões.
O crédito rural para o custeio da pecuária mineira – R$ 11,43 bilhões – cresceu 10%. No período, houve aumento de 14% na aprovação dos contratos, resultando, então, em 63.846 mil unidades.
Entre as atividades, o custeio de bovinos chegou a R$ 562,07 milhões em junho. Os desembolsos para a produção de suínos chegaram a R$ 34,44 milhões, e para avicultura, a R$ 11,38 milhões.
Recursos para investimentos cresceram 14%
Durante o Plano Safra 2023/24, a linha de investimentos também seguiu com demanda maior. Os produtores rurais acessaram R$ 11,96 bilhões em crédito para investir, avanço de 14% sobre os R$ 10,48 bilhões vistos em igual intervalo da safra anterior. A aprovação de contratos cresceu 12% somando, assim, 130.784 unidades.
A agricultura buscou a maior parte dos recursos de investimentos. Ao todo para o setor foram R$ 7,6 bilhões em crédito, aumento de 6%. Para investimentos na agricultura, foram 54,642 contratos aprovados variando, então, positivamente em 6%.
A pecuária demandou R$ 4,3,6 bilhões, valor que superou em 32% os R$ 3,3 bilhões da safra 2022/23. A aprovação de contratos aumentou 13% e encerrou os 12 meses do Plano Safra com 76.142 unidades.
Crédito de comercialização e industrialização
Para a comercialização dos produtos agrícolas e pecuários do Estado houve alta de 26%, somando, assim, R$ 7,45 bilhões em recursos. A agricultura demandou R$ 7,25 bilhões, 29% a mais. Já a liberação dos recursos para a pecuária caiu 30%, encerrando o período em R$ 210 milhões.
Os recursos liberados para a industrialização no Estado somaram R$ 2,5 bilhões, portanto, 27% a mais. A demanda da agricultura ficou 35% maior, chegando a R$ 2,05 bilhões. Para a industrialização da pecuária foram R$ 460 milhões, valor que ficou estável.
Ouça a rádio de Minas