O segredo de um dos melhores azeites do mundo: o terroir vulcânico do Sul de Minas
O cuidado com a qualidade, os solos vulcânicos diferenciados e a agilidade entre a colheita e o processamento das azeitonas são os principais diferenciais na produção do Azeite Orfeu. Dessa forma, o produto – Azeite Orfeu Blend da safra 2023 – foi considerado o 16º melhor azeite do mundo pelo EVOO World Ranking e o primeiro do Brasil.
Neste ano, a produção de azeite, que acontece na Fazenda Rainha, localizada entre os municípios de Poços de Caldas e São Sebastião da Grama, divisa de Minas Gerais com São Paulo, deve variar entre 10 mil a 15 mil litros ante 5 mil litros registrados em 2023.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Orfeu, Alexandre Marchetti, as estimativas em relação à produção e à qualidade do azeite são positivas para este ano. Um novo blend está em produção e a ideia é participar de cerca de 25 concursos no mundo.
“Existe uma preocupação muito grande para manter a qualidade. A planta ela dá a melhor qualidade para a gente. Então, cabe a nós termos o zelo nos processos para mantermos a qualidade alta. Os cuidados no processamento começam a partir do momento em que o fruto é colhido”.
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Ainda segundo Marchetti, o azeite Orfeu vem se destacando no mundo também em função da exclusividade. Isso porque a unidade produtiva está localizada em uma região de solos vulcânicos. Isso confere ao produto características únicas.
“O terroir da nossa região tem características diferentes se comparado com os demais azeites do mundo e também da região Sul do Brasil. São características únicas. Isso é uma quebra de paradigma. Os azeites de fora têm características bem verdes, enquanto os nossos são frutados com uma características de salada de frutas. Além disso, é um azeite com muito aroma de maçã, banana, kiwi, ameixa. Isso nos diferencia”, enaltece o engenheiro agrônomo.
Qualidade garantida com processo ágil
Outra questão essencial para a preservação da qualidade do azeite é a rapidez ao longo do processo, garantindo o frescor do produto final. “Fazemos a colheita das azeitonas às sete da manhã e, no máximo, em até duas horas o fruto está no lagar para fazer a extração. A azeitona é uma fruta com alto índice de oxidação, então, quanto mais rápida a extração, melhor a qualidade”, completa
Para garantir a agilidade no processo, o lagar da Fazenda Rainha fica centralizado nos pomares. Assim, a logística é muito rápida. “A agilidade para fazer a extração é um diferencial na nossa qualidade”, explica Marchetti.
Há também diversos cuidados ao longo do processo. Dentro do lagar, por exemplo, há zelo no controle da temperatura da massa e do tempo de duração que a massa vai levar para ficar homogeneizada. “Todo o processo é muito cuidadoso, é necessário zelo para fazer certo”.
Safra de azeite será maior em 2024
Os cuidados adotados têm gerado resultados positivos para a Orfeu. A primeira safra do azeite foi em 2014 e, a partir de 2018, os azeites começaram a ganhar concursos. Hoje, os azeites Orfeu somam mais de 90 premiações. O primeiro lote destinado ao mercado foi em 2020. Há boa expectativa para a safra atual, que será maior e vem apresentando qualidade superior. Assim, a ideia é participar de cerca de 25 concursos de qualidade no mundo.
“A safra do ano passado foi baixa em função do clima e também pela colheita muito grande em 2022. Mas, esse ano, teremos uma produção maior. Serão cerca de 10 mil a 15 mil litros de azeite ante 5 mil litros em 2023. Pelo que já colhemos e extraindo a gente está com qualidade até superior que ano passado. O clima foi mais favorável”., complementa o engenheiro agrônomo do Orfeu.
Blend 2024
O Azeite Blend da Safra 2024 já está em comercialização e o preço sugerido é de R$ 219 por garrafa de 350 ml. Está presente em supermercados e empórios premium de todo País ou no site do Orfeu.
“Nossa expectativa em relação à produção em 2024 é muito positiva. Já percebemos que esta safra está com qualidade bem superior que a do ano passado”.
Quanto aos mercados atendidos, todo o azeite produzido pela Orfeu é destinado ao mercado interno e ainda não há pretensão de exportar.
“Nosso lema, hoje, é azeite brasileiro para os brasileiros. Então, o projeto não é exportar. O azeite vai ficar aqui para o consumidor brasileiro, assim como o nosso café. A maior parte dos azeites no mercado nacional não é de boa qualidade, não são excelentes. Tentamos fazer essa mudança para quebrar o paradigma. Colocamos no mercado um azeite muito bom e feito na região para os consumidores brasileiros. Com o frescor que somente o azeite novo tem. O consumidor está provando a melhor qualidade”, aponta Marchetti.
Azeite Orfeu foi o primeiro do mundo a conquistar o Rainforest
A produção do azeite também é certificada. O Azeite Orfeu foi o primeiro do mundo a conquistar a certificação pela Rainforest Alliance, sob orientação e auditoria do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
“É uma certificação importante. Além disso, fomos a primeira marca de azeite e primeiro plantio de oliveira no mundo a ser certificado Rainforest, que atesta a sustentabilidade social, ambiental e economia”, explicou o engenheiro agrônomo da Orfeu, Alexandre Marchetti.
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