Ceasa Minas registra avanço de 2% na oferta de alimentos

Ao longo do primeiro semestre de 2021, foi registrado aumento de 2% na oferta geral de alimentos na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Ao todo, foram disponibilizadas 940,5 mil toneladas de produtos entre hortifrutigranjeiros, cereais e industrializados. No período, o valor de comercialização chegou a R$ 2,85 bilhões, um avanço de 15,3% frente a igual intervalo de 2020.
O chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, explica que no primeiro semestre de 2021 as condições de produção foram mais favoráveis que as do ano passado, quando foram registradas chuvas abundantes que prejudicaram a produtividade e reduziram a oferta de alimentos.
“O comportamento do grupo das hortaliças, frutas e ovos foi melhor que ano passado. Registramos uma alta de 7,6%, com a oferta chegando a 725,28 mil toneladas no primeiro semestre de 2021, frente as 674,17 mil toneladas em igual período de 2020. A maior influência foi o clima, já que no ano passado tivemos um excesso de chuvas logo no início do ano e a produção foi muito afetada”, detalhou.
Nos grupos de cereais e industrializados foram registradas quedas na oferta. Em cereais, a redução foi de apenas 0,6%, com um volume total de 17,84 mil toneladas disponibilizadas entre janeiro e junho, ante 17,95 mil toneladas registradas anteriormente.
Já em industrializados a redução foi maior e chegou a 14,2%, somando uma oferta de 197,40 mil toneladas ante 230,11 mil toneladas. “Ao longo do primeiro semestre, alguns produtos apresentaram uma situação muito complicada. Foi o caso do açúcar, farinhas e óleos, que apresentaram alta significativa nos preços”, disse.
Mesmo com uma oferta geral maior, os preços médios dos produtos cresceram. Resultado do aumento do consumo e da valorização de vários itens, principalmente, no grupo de industrializados.
Conforme os dados da Ceasa, o preço médio praticado foi de R$ 3,03 por quilo, ante os R$ 2,68 por quilo registrado no primeiro semestre de 2020, um ajuste de 13,05%.
“A alta foi puxada pelos preços dos cereais e dos industrializados, que tiveram um comportamento bem diferente do visto em 2020”, disse Martins.
Comercialização de alimentos
Com preços dos alimentos mais elevados, o valor gerado com a comercialização também cresceu. No caso dos hortigranjeiros, a receita chegou a R$ 1,84 bilhão, alta de 14% frente aos R$ 1,62 bilhão registrados entre janeiro e junho de 2020.
Em cereais e industrializados, o incremento foi ainda maior. O valor gerado com a comercialização do grupo de cereais, R$ 79,6 milhões, ficou 51% superior aos R$ 52,71 milhões registrados no intervalo de 2020. “Neste grupo estão produtos como arroz, feijão e o milho, que tiveram altas expressivas nos preços ao longo do período”.
Em industrializados, a receita ficou em R$ 926,72 milhões, ante R$ 801,72 milhões em 2020, variação positiva de 15,59%. “Ao longo do primeiro semestre de 2021, os preços do óleo de soja, açúcar e farinha de trigo, por exemplo, apresentaram altas bem expressivas”.
Para os próximos meses, a tendência é de uma situação melhor para os consumidores. “Algumas regiões do Estado estão enfrentando geadas, que afetam a produção, por um período, provocando aumento de preços de várias hortaliças. Passando essa fase, que normalmente ocorre no inverno, a situação tende a ficar melhor. O clima do segundo semestre favorece uma melhor produtividade, contribuindo para regularizar a oferta. Com isso, a situação pode ficar um pouco mais favorável para o consumidor”, explicou Martins.
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