Queda na oferta eleva preços de hortaliças em Belo Horizonte; frutas ficam mais baratas
A oferta reduzida de algumas hortaliças em outubro fez com que os preços aumentassem de forma expressiva na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte. No período, a batata e a cebola, por exemplo, tiveram os preços alavancados em 13,43% e 20,99%, respectivamente. Já nas frutas, houve queda na maior parte dos itens pesquisados. Entre os destaques estão a banana e o mamão, cujos preços reduziram 9,55% e 2,29%, respectivamente.
Conforme os dados do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Belo Horizonte, nas hortaliças, a cebola se destacou com elevação de 20,99% no preço de outubro, em relação a setembro. O quilo da cebola foi negociado, em média, a R$ 1,74. Ao longo do mês, foi verificada retração de 4% na oferta, que encerrou o período somando 7,9 mil toneladas.
Segundo a gerente de produtos hortigranjeiros da Conab, Flávia Starling, o percentual de aumento no preço da cebola em Belo Horizonte foi bastante significativo.
“O segundo maior percentual positivo observamos em Belo Horizonte, 20,99%, perdendo apenas para a Ceasa Rio Branco, no Acre. Em outubro, mais da metade de toda a cebola ofertada no Brasil foi oriunda de Minas Gerais e São Paulo. Já nos primeiros dias de novembro, houve recuo de 7% na cotação da cebola”, explica.
Alta também foi verificada no preço da batata. Ao longo de outubro, o quilo foi negociado, em média, a R$ 1,47, resultando, portanto, em um incremento de 13,43%. A alta de preços pode ser justificada pela queda de 5% na oferta, que totalizou 16,4 mil toneladas.
“Nós observamos que houve pico de preço da batata em abril, com a conclusão da primeira safra. Agora, o pico da safra de inverno foi em setembro; então, em outubro, a oferta foi reduzida e, por isso, o preço reagiu”, ressalta Flávia Starling.
Outra hortaliça que ficou mais cara foi o tomate. Mesmo com uma oferta de 8,6 mil toneladas, 1% a mais que em setembro, o valor do quilo, R$ 2,64, aumentou 8,34% em relação ao mês anterior. No mesmo período, a cotação da alface, R$ 6,59 por quilo, subiu 6,78%. Diante de uma demanda elevada, o aumento de 5% na oferta não foi suficiente para reduzir os preços.
No grupo das hortaliças, apenas a cenoura apresentou queda de 2,74% no valor, com o quilo negociado, em média, a R$ 2,08, em Belo Horizonte. O aumento de 2% na oferta foi um dos fatores que contribuíram para a redução do preço.
Três das cinco frutas pesquisadas ficaram mais baratas em outubro

Ao contrário do que ocorreu com as hortaliças, no caso das frutas a maior parte registrou queda de preços em outubro. Conforme os dados da Conab, das cinco frutas pesquisadas na Ceasa Minas – Belo Horizonte, três tiveram os preços reduzidos.
A queda mais expressiva aconteceu no valor da banana, que encerrou outubro custando R$ 3,73 por quilo, ficando, então, 9,55% abaixo do preço de setembro. No período, a oferta de banana aumentou 4% e somou 9,6 mil toneladas.
“Ao longo de outubro, houve maior oferta de banana-prata, especialmente proveniente do Norte de Minas, do Meio-Oeste baiano, do Vale do Ribeira (SP) e também do Ceará, que ampliou seu fornecimento e reduziu os preços”, explica Flávia Starling.
Outro destaque foi o mamão. A fruta foi negociada, em média, a R$ 3,81 o quilo, retração de 2,29%. A influência veio da oferta 5% maior, com um volume comercializado de 4,04 mil toneladas.
Conforme os dados da Conab, ainda que pequena, houve queda também no valor da melancia, de 0,7%, uma vez que o quilo foi negociado a R$ 2,15. Ao longo de outubro, a oferta de melancia cresceu 8% e chegou a 7 mil toneladas.
Já os preços da laranja e da maçã subiram. A queda de 5% na oferta de laranja fez com que o valor do quilo subisse 4,61%, chegando, portanto, a R$ 2,54. No caso da maçã, o quilo, a R$ 8,85, aumentou 2,97%.
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