Para ministra, atividade está no centro das políticas públicas nacionais

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, chamou a atenção para a importância das reuniões multilaterais que serão realizadas neste ano, como a Cúpula dos Sistemas Alimentares e a COP 26, que vão discutir formas de acelerar a ação climática e o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável. “Atravessamos um momento decisivo na conjuntura internacional, pois 2021 marca o início da vigência das metas do Acordo de Paris e dez anos para o atingimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, lembrou. “Os países estão sendo chamados a anunciar compromissos ambiciosos para galvanizar ações em prol dos objetivos sustentáveis do planeta. O Brasil tem feito a sua parte. Graças ao nosso modelo de agricultura tropical, calcado em inovação, somos um dos únicos países capazes de atender ao desafio global de ampliar a oferta de alimentos em consonância com a conservação dos recursos naturais”, disse.
Para ela, nos preparativos para as reuniões multilaterais, “em vez do reconhecimento do papel da agricultura tropical como provedor da segurança alimentar e de serviços ecossistêmicos”, há a utilização de “conceitos excludentes e restritivos que buscam classificar como sustentáveis apenas as práticas agrícolas de países desenvolvidos amparadas por vultosos subsídios que premiam a ineficiência”.
“Temos condições não apenas de contribuir como de liderar os debates internacionais e o país deve uma menção honrosa e um agradecimento a Alysson Paolinelli, que, com seu olhar visionário, sua habilidade política e convicção no poder da ciência, participou da fundação da Embrapa e deu início ao processo de conversão do cerrado que viria a tornar em uma das terras mais produtivas do nosso planeta”.
De acordo com a ministra, o Brasil transformou a agricultura e a agricultura transformou o Brasil. “Colocamos a atividade no cetro de nossas políticas públicas e a sustentabilidade econômica, social e ambiental como norte das nossas atividades produtivas”. Para ela, o Brasil tem sofrido ataques injustificáveis no cenário internacional.
“Se quisermos atingir nossos objetivos climáticos e de desenvolvimento, é imprescindível reconhecermos a diversidade de caminhos para a sustentabilidade, de métodos de produção de dietas e de culturas que perfazem os sistemas alimentares globais. Um mundo sem essa diversidade será um mundo com menos diversidade alimentar, um mundo com fome, um mundo sem paz. A agricultura tropical brasileira não é parte do problema, mas da solução”, concluiu.
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