Agronegócio

Pelo segundo mês consecutivo, hortaliças e frutas ficam mais baratas em Minas

Batata, cebola e laranja lideram quedas de preços, enquanto banana e mamão registram altas expressivas
Pelo segundo mês consecutivo, hortaliças e frutas ficam mais baratas em Minas
Foto: Charles Silva Duarte/Arquivo Diário do Comércio

Pelo segundo mês consecutivo, hortaliças e frutas ficaram mais baratas na Central de Abastecimento de Minas Gerais – Belo Horizonte (Ceasa Minas). Segundo o 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), houve retração nos preços das cinco hortaliças pesquisadas e em três das cinco frutas analisadas. Entre os destaques estão as quedas de:

  • 31,42% na batata;
  • 29,04% na cebola;
  • 9,23% na laranja.

Na unidade mineira, a comercialização somou 164,92 mil toneladas de frutas e hortaliças, segundo maior volume entre as Centrais do País, atrás apenas de São Paulo. Segundo a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres, a queda de preços resulta do maior volume comercializado em julho em relação a junho.

“A tendência é que os volumes permaneçam elevados no segundo semestre, tornando os preços mais acessíveis para os consumidores”, disse.

Na unidade mineira, todas as cinco hortaliças pesquisadas registraram queda. A batata apresentou a maior retração, ficando 31,42% mais barata em julho. O preço médio fechou o mês a R$ 1,75 por quilo. “A oferta abundante em julho foi a principal causa da queda dos preços na Ceasa”, explicou Juliana Torres.

Outro destaque foi a cebola, cujo preço recuou 29,04% diante da oferta elevada, encerrando julho com o quilo a R$ 1,96.

Com produção próxima às áreas de consumo, a oferta de alface aumentou em julho, reduzindo o preço do quilo para R$ 7,10 (queda de 12,3%). A cenoura também apresentou retração pelo segundo mês consecutivo: 11,26%, com o quilo vendido a R$ 1,44.

O tomate teve retração de 8,25% em relação a junho, com o quilo cotado a R$ 3,58. A maior produção explica a queda. Minas Gerais foi o principal fornecedor do País em julho, respondendo por 27% do volume ofertado.

Preços das frutas também estão mais acessíveis

O aumento da disponibilidade de frutas em julho, assim como ocorreu com as hortaliças, também favoreceu a queda de preços. Das cinco variedades pesquisadas pela Conab, três ficaram mais baratas.

Entre as frutas mais acessíveis está a laranja, cujo preço médio chegou a R$ 2,25 por quilo, retração de 9,23%.

Segundo a Conab, a queda de preços decorreu da continuidade da comercialização das frutas precoces, somada à oferta da variedade pera e das tardias. Houve ainda redução da demanda em função das férias escolares, da concorrência com a mexerica poncã e das baixas temperaturas.

A melancia registrou queda de 3%, com o quilo a R$ 1,97. Já a maçã, impactada pelas férias escolares e pelo clima, teve retração de 1,69% frente a junho, com o quilo cotado a R$ 8,19.

Em contrapartida, banana e mamão registraram alta significativa. O quilo do mamão subiu 45,05%, chegando a R$ 4,88. A banana teve aumento de 23,01%, com o quilo a R$ 3,44. Segundo a Conab, a menor oferta da fruta, sobretudo da variedade prata, elevou os preços. As exportações também se mantiveram aquecidas, funcionando como canal importante de escoamento para os produtores.

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